O inverno no hemisfério sul inicia oficialmente nesta sexta-feira, 20 de junho, às 23h42, e se estende até 22 de setembro. Com dias mais curtos, noites prolongadas e as menores temperaturas do ano, a estação é marcada por mudanças significativas no clima. Essa alteração ocorre devido à inclinação do eixo terrestre, que faz com que a luz solar incida com menor intensidade sobre o hemisfério sul durante esse período.
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Em Santa Catarina, a estação invernal é tradicionalmente caracterizada por períodos de frio rigoroso, principalmente nas regiões serranas e de maior altitude.
Áreas como os planaltos, o Meio-Oeste, o Alto Vale do Itajaí e a Serra Catarinense são frequentemente atingidas por geadas, nevoeiros densos e até neve, em casos mais extremos.
Além disso, podem ocorrer outros fenômenos como chuva congelada, graupel e sincelo — “quando há congelamento das gotículas de nevoeiro sobre superfícies, formando uma camada de gelo que cobre árvores, postes, telhados e fios de energia.”
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Durante o inverno em Santa Catarina, a precipitação tende a ser menor em comparação com outras estações. A presença de sistemas de alta pressão, conhecidos como anticiclones, reduz a umidade e inibe a formação de nuvens carregadas. Apesar disso, não se trata de um período totalmente seco.
Ao contrário de regiões como o Centro-Oeste e parte do Sudeste brasileiro, o estado não apresenta uma estação seca bem definida.
Frentes frias, ciclones extratropicais e massas de ar polar
Frentes frias, ciclones extratropicais e massas de ar polar continuam influenciando o clima catarinense. Esses sistemas podem provocar chuvas no litoral, ventos fortes e até ressacas no mar.
Por outro lado, os anticiclones também favorecem dias ensolarados e céu limpo, especialmente em áreas do interior do estado.
Os bloqueios atmosféricos também são comuns durante a estação. Nesses casos, a permanência de áreas de alta pressão impede o avanço das frentes frias.
Isso causa um padrão de tempo seco com grandes variações térmicas, registrando manhãs frias com potencial para geada e tardes mais aquecidas, especialmente no litoral e Oeste do estado.
Outro fator relevante é a atuação dos ventos fortes, que podem ser impulsionados por ciclones extratropicais. Essas condições elevam o risco de destelhamentos, queda de árvores e agitação marítima, o que representa perigo à navegação e à pesca artesanal.
Monitoramento e alertas constantes
A Defesa Civil de Santa Catarina realiza o monitoramento contínuo das condições meteorológicas. O órgão analisa diariamente os dados climáticos para emitir alertas e proteger a população. Durante o inverno, esses avisos se intensificam, com foco especial em episódios de frio extremo, formações de geada, ventos intensos e ressacas marítimas.
Os alertas são enviados por SMS para celulares cadastrados. Para receber, basta enviar o CEP da sua localidade para o número 40199. Além disso, as atualizações estão disponíveis em aplicativos oficiais e nas redes sociais da Defesa Civil estadual.
Cuidados durante o inverno
As baixas temperaturas exigem atenção especial com os grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos, pessoas em situação de rua e animais domésticos. Ações de solidariedade, como doações de cobertores e alimentos, são fundamentais.
É importante, ainda, adotar o uso seguro de aquecedores e sistemas de calefação. Equipamentos utilizados de maneira inadequada em ambientes fechados podem causar incêndios ou intoxicação por monóxido de carbono.
Também é necessário considerar os impactos da geada na agricultura, nas estradas e na rede elétrica. Já a formação de sincelo pode causar prejuízos à infraestrutura urbana e representar perigo a motoristas e pedestres.he os alertas e adote os cuidados necessários para enfrentar o inverno rigoroso.