A Venezuela voltou atrás na decisão de aplicar tarifas de 77% sobre produtos brasileiros e restabeleceu nesta segunda-feira (28) a isenção de impostos para mercadorias com certificado de origem, conforme previsto em acordo bilateral.
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O recuo ocorre apenas três dias após o anúncio das tarifas, feito na sexta-feira (25), e foi motivado por pressão diplomática e comercial, que alertou para os impactos negativos sobre o comércio transfronteiriço.
A decisão do presidente Nicolás Maduro garante a continuidade das exportações brasileiras para o país vizinho e evita prejuízos diretos a pequenos e médios empresários, principalmente na região Norte.
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O governador de Roraima, Antônio Denarium (Progressistas), comemorou a medida e destacou a Venezuela como rota estratégica para a entrada de produtos brasileiros. O recuo foi considerado essencial para manter empregos, arrecadação de impostos e o dinamismo da economia local.
A articulação diplomática foi liderada por Eduardo Ouché, presidente da Câmara Venezuelana de Roraima, que enviou carta à embaixadora do Brasil em Caracas pedindo apoio para reverter a medida. O governo de Roraima também atuou como mediador no processo.
“Agradecemos também o apoio do governo de Roraima, que se colocou à disposição para colaborar na solução desse impasse”, disse Ouché.
A suspensão temporária da isenção havia causado instabilidade no setor comercial, num momento em que as relações entre Brasil e Venezuela já estavam fragilizadas desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não reconheceu a reeleição de Maduro em 2024.
Com o restabelecimento da isenção, os laços econômicos e diplomáticos são retomados, garantindo estabilidade às trocas bilaterais e reafirmando a importância da integração regional.
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