O projeto de lei que criaria o Dia da Cegonha Reborn no calendário oficial do Rio de Janeiro foi oficialmente arquivado. A proposta, de autoria do vereador Vitor Hugo (MDB), havia sido aprovada anteriormente, mas sofreu veto do prefeito Eduardo Paes, e agora foi vetada também pela Câmara Municipal, encerrando definitivamente sua tramitação.
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Na sessão legislativa desta terça-feira, 5 de agosto, apenas 21 vereadores votaram pela derrubada do veto.
Eram necessários pelo menos 26 votos favoráveis para reverter a decisão do Executivo. Outros 14 parlamentares votaram para manter o veto, o que inviabilizou a aprovação do projeto.
A proposta buscava instituir oficialmente o Dia da Cegonha Reborn, uma homenagem às artesãs que produzem as bonecas hiper-realistas conhecidas como bebês reborn.
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Segundo o vereador, essas bonecas têm efeitos terapêuticos e podem ajudar pessoas que enfrentam traumas emocionais.
“Os reborns são bebês extremamente realistas, fabricados artesanalmente por ‘cegonhas’… geralmente tendo por base a idealização de um bebê recém-nascido ou a fotografia de um filho”, descreve o texto da proposta.
O prefeito Eduardo Paes, ao vetar o projeto em junho, usou as redes sociais para comentar com ironia. Ele publicou uma imagem do veto com a legenda: “Com todo respeito aos interessados, mas não dá.”
Os bebês reborn ganharam bastante visibilidade no primeiro semestre de 2025. O tema dividiu opiniões, especialmente nas redes sociais e no meio acadêmico. Algumas pessoas enxergam o uso dessas bonecas como positivo para a saúde mental, enquanto outras criticam o excesso de realismo.
Saúde mental
Um estudo da Universidade de Toronto apontou que a relação entre adultos e os reborn vai além da nostalgia.
Segundo os pesquisadores, há um componente emocional profundo e terapêutico envolvido na interação com esses bonecos hiper-realistas.