A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) detalhou, nesta terça-feira (19), ao setor moveleiro, as ações que pretende adotar para reduzir os impactos do tarifaço nas exportações. O encontro foi realizado de forma virtual pela Câmara da Indústria do Mobiliário.
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As propostas foram encaminhadas ao Fórum Parlamentar Catarinense para inclusão na Medida Provisória 1309/25, que institui o plano Brasil Soberano de apoio às empresas exportadoras afetadas. O prazo para envio de emendas terminou nesta terça-feira.
Segundo o presidente da FIESC, Gilberto Seleme, a entidade está mobilizada para proteger empresas e empregos. “Estamos fazendo todo o possível para reduzir os impactos para as empresas e os empregos”, afirmou. Ele também destacou que, no início de setembro, uma missão da indústria brasileira irá aos Estados Unidos para dialogar com compradores e instituições.
O presidente da Câmara da Indústria do Mobiliário, Arnaldo Huebl, reforçou a preocupação das empresas. “A falta de previsibilidade é um dos maiores desafios que estamos enfrentando porque não se sabe o dia de amanhã e não temos perspectivas de uma solução no curto prazo”, disse. Algumas indústrias do setor exportam de 20% a 95% da produção para os EUA.
Propostas da FIESC à MP 1309/25
Entre as medidas sugeridas pela Federação estão:
Exclusão do § 3º do Art. 5º-A da MP para evitar novos compromissos trabalhistas às exportadoras.
Expansão das compras públicas de bens industriais, priorizando móveis escolares, materiais de construção e máquinas leves.
Desoneração integral da folha de pagamento das exportadoras para os EUA enquanto durarem as tarifas, substituindo a contribuição previdenciária patronal por alíquota sobre a receita bruta.
Inclusão de médias e grandes empresas na alíquota de 6% do REINTEGRA, diante do resíduo tributário de 7,6% nas exportações.
Medidas trabalhistas emergenciais: redução de jornada e salários, suspensão temporária de contratos, pagamento de benefício pela União, férias coletivas ou individuais, banco de horas negativo e diferimento do FGTS.
As propostas buscam preservar a competitividade da indústria catarinense, em especial os setores de móveis e madeira, que formam a base da economia do Estado.