Uma investigação da Polícia Civil revelou que uma quadrilha especializada em tráfico de drogas enganava caminhoneiros para transportar entorpecentes. O esquema abrangia os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais. Na quinta-feira (21), 15 mandados de busca e apreensão foram cumpridos para desarticular a organização criminosa.
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Segundo o delegado Régis Stang, do Departamento de Investigação Criminal (DIC) de São Lourenço do Oeste, os motoristas eram contratados por meio de um aplicativo de frete.
Eles transportavam cargas aparentemente legítimas, como móveis, que escondiam grandes quantidades de drogas.
A investigação teve início em 29 de janeiro deste ano, quando uma operação conjunta da Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) e da Polícia Militar Rodoviária Estadual (PMRv) encontrou uma carga de crack dentro de móveis de madeira.
Desde então, foram apreendidas mais de duas toneladas de drogas que seriam distribuídas pela quadrilha.
Em junho, uma nova apreensão confirmou o modo de agir dos criminosos. Cerca de 440 kg de maconha estavam escondidos em estruturas metálicas, transportadas por um caminhoneiro em Campo Erê.
A droga estava tão bem camuflada que o Corpo de Bombeiros precisou ajudar para retirá-la com segurança.
O delegado Régis Stang esclarece que a maioria dos caminhoneiros provavelmente era inocente. Eles tinham notas fiscais e contratos formais via aplicativo, o que reforça que foram enganados.
“Mesmo quem tem contato com a mercadoria não consegue perceber a droga facilmente, inclusive para fins de fiscalização. Os próprios policiais, se não tiverem suspeitas bastante consistentes, podem deixar a droga passar despercebida”, destaca.
Operação Frete Seguro
Na última quinta-feira (21), a Polícia Civil lançou a Operação Frete Seguro. Foram cumpridos 15 mandados em Cascavel (PR) e Ponta Porã (MS).
Três suspeitos foram presos temporariamente e um detido em flagrante por porte ilegal de arma. A ação contou com apoio das polícias civis do Paraná e Mato Grosso do Sul.
Essa operação representa um avanço importante no combate ao tráfico interestadual que usa caminhoneiros como vítimas sem saberem.