O primeiro‑ministro da Albânia, Edi Rama, anunciou na quinta-feira (11) uma iniciativa inédita globalmente: a nomeação de uma ministra gerada por inteligência artificial (IA). Segundo ele, o modelo não tem precedentes no mundo.
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Essa ministra digital se chama Diella, termo que em albanês significa “sol”. Rama apresentou a novidade durante reunião de seu partido, que venceu as eleições parlamentares de maio.
Diella passará a responsabilidade de tomar todas as decisões relacionadas às licitações públicas do governo.
O objetivo do primeiro‑ministro é garantir processos “livres de corrupção” e assegurar que os financiamentos públicos sejam transparentes e auditáveis. Ele assegurou que licitações sob sua responsabilidade serão conduzidas com integridade.
“Diella é o primeiro membro do governo que não está fisicamente presente, mas foi criado virtualmente por inteligência artificial”, disse o premiê. Essa frase resume o caráter simbólico e técnico da nomeação.
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Além disso, Diella terá dever de avaliar propostas e “contratar talentos de todo o mundo”, afirmou Rama. Isso abre espaço para capacidades globais e meritocracia, segundo o governo.
A figura virtual já era conhecida publicamente desde janeiro deste ano como assistente virtual integrada à plataforma oficial e‑Albania. Lá, Diella auxilia cidadãos no uso de serviços digitais, emissão de documentos e orientações gerais. Dados oficiais apontam: desde o início, ela ajudou a emitir dezenas de milhares de documentos e prestou quase mil serviços.
O modelo de governança adotado pela Albânia reflete busca de inovação na administração pública. Países ao redor do mundo observam essa medida com atenção, debatendo se IA pode garantir ética e eficiência sem prejuízo de controle humano.
Essa nomeação levanta importantes discussões sobre legislação, responsabilidade, supervisão humana e direito administrativo. Entretanto, para o governo albanês, ela simboliza compromisso com transparência, prestação de contas e modernização democrática.