O rádio, considerado o meio de comunicação mais confiável do Brasil, passou por grandes transformações ao longo do tempo. Se antes os aparelhos eram enormes, verdadeiros móveis que ocupavam lugar de destaque nas salas, hoje podem ser acessados em qualquer lugar, por meio de aplicativos e assistentes virtuais.
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Na Semana do Rádio, a Caçanjurê FM destacou essa evolução, lembrando que, antigamente, poucas famílias tinham um aparelho. O rádio reunia não apenas os moradores da casa, mas também vizinhos, que se encontravam para ouvir notícias, músicas e acompanhar as emocionantes radionovelas.
Para mostrar como a tecnologia facilita a vida dos ouvintes, a equipe visitou dona Carmin Prevedo, moradora de Caçador e ouvinte assídua da emissora. Sozinha em casa, ela conta com a programação como principal companhia. “Rádio para mim representa muita coisa, minha companhia do dia inteiro, porque eu fico sozinha em casa. Daí ele é meu companheiro. É rádio e Alexa, e meus amigos”, relatou.
Durante a visita, dona Carmin demonstrou como utiliza o comando de voz para ouvir sua rádio favorita. “Alexa, liga na rádio Caçanjurê”, disse, enquanto a tecnologia imediatamente conectava na programação ao vivo.
O exemplo mostra que, mesmo após décadas, o rádio continua presente na vida das pessoas, adaptando-se às inovações sem perder sua essência de proximidade e credibilidade.
História
O rádio tem 103 anos no Brasil, e a data, 25 de setembro, é alusiva ao nascimento de Edgar Roquette-Pinto, que organizou a primeira transmissão de rádio do Brasil, em 1922, durante as comemorações do centenário da Independência do Brasil. Ele também fundou a primeira emissora do país, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.
No Dia do Rádio, é preciso lembrar do número mais recente do meio por aqui, do Inside Audio 2025: 79% da população no Brasil, em 13 mercados monitorados pela Kantar IBOPE Media, ouvem rádio mensalmente — número que tem apresentado estabilidade entre 2024 e 2025. E o tempo de consumo, em época de disputa acirrada pela atenção das pessoas, segue alto, com média de 3h47 de escuta diária, de acordo com os dados mais recentes.
De acordo com o estudo, mais do que um meio de comunicação, o rádio é reconhecido pelos ouvintes como uma presença constante que informa, emociona e acompanha. Segundo o Inside Audio 2025, o consumo do rádio está fortemente ligado a aspectos afetivos e funcionais.
Entre os entrevistados, 60% associam o meio à informação, 54% à emoção, 36% à diversão e 29% ao companheirismo. Esses índices reforçam o papel do rádio como uma “voz que marca gerações”, capaz de criar vínculos duradouros com o público ao longo da vida. Essa combinação de utilidade e afeto explica por que o rádio permanece relevante mesmo em um cenário de intensa transformação digital e fragmentação das audiências.