Uma ocorrência rara e impressionante despertou a curiosidade dos moradores de Belmonte, no Extremo-Oeste de Santa Catarina, na última quinta-feira (25). Um bezerro nasceu com duas cabeças, em um caso que imediatamente atraiu atenção de moradores, profissionais e estudantes da área da saúde animal.
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O dono do animal, ao notar a condição incomum, acionou estudantes de Medicina Veterinária para avaliação inicial. Rapidamente, o caso foi classificado como um possível caso de diprosopia, uma má formação extremamente rara.
Segundo explicou o biólogo Jackson Preuss, ainda são necessárias análises mais aprofundadas, mas os primeiros sinais indicam a duplicação parcial da face, condição conhecida como diprosopia.
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“Esse bezerro apresenta dois focinhos, quatro olhos, um único cérebro e duas orelhas — características típicas da diprosopia”, detalhou o especialista.
A diprosopia é causada, geralmente, por uma falha genética relacionada à produção de determinadas proteínas, que pode afetar a formação facial durante o desenvolvimento embrionário.
Mesmo com o nascimento aparentemente estável, o prognóstico para casos como este não costuma ser favorável. O biólogo acrescentou que o animal provavelmente possui apenas um sistema nervoso central, o que reduz drasticamente as chances de sobrevivência.
O bezerro será acompanhado de perto por uma equipe multidisciplinar composta por alunos, médicos veterinários e biólogos da Unoesc, em São Miguel do Oeste. O objetivo é entender melhor a formação do animal e oferecer os cuidados possíveis.
Casos de bezerros com duas cabeças são extremamente raros, e seu estudo pode contribuir para avanços na compreensão de má formações em animais de criação.