Moradores do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, levaram pelo menos 50 corpos até a Praça São Lucas, situada na Estrada José Rucas — uma das vias mais movimentadas da região — durante a madrugada desta quarta-feira (29), no dia seguinte à operação mais letal registrada na história do estado.
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O governo do estado do Rio de Janeiro comunicou, na terça-feira (28), que 60 criminosos foram mortos durante a operação de grande porte no Complexo da Penha e no Complexo do Alemão — além disso, 4 policiais também perderam a vida.
Não havia, até a última atualização da reportagem, confirmação de que os corpos levados à praça estivessem incluídos nessa contabilização ou se se tratavam de outras vítimas, o que implicaria um número ainda maior de óbitos.
Em contato com o portal g1, o secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, afirmou ter sido informado sobre os corpos na praça e que uma investigação está em curso para esclarecer o que ocorreu.
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Segundo informações, os corpos foram encontrados na área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, local de intensos confrontos entre as forças de segurança e traficantes. Moradores relataram que há ainda muitos mortos no alto do morro.

O ativista Raull Santiago, que ajudou no transporte dos corpos desde a mata, declarou: “Em 36 anos de favela, passando por várias operações e chacinas, eu nunca vi nada parecido com o que estou vendo hoje. É algo novo. Brutal e violento num nível desconhecido.”
Segundo informações divulgadas, o traslado dos corpos teve como objetivo facilitar o reconhecimento por parte dos familiares.

Posteriormente, a Polícia Civil do Rio de Janeiro comunicou que o atendimento oficial às famílias para reconhecimento será realizado no prédio do Detran RJ, localizado ao lado do Instituto Médico‑Legal do Rio de Janeiro (IML), a partir das 8 h.
Nesse período, o acesso ao IML ficará restrito à Polícia Civil e ao Ministério Público do Rio de Janeiro, responsáveis pelos exames. As necropsias demais, sem relação direta com a operação, serão feitas no IML de Niterói.
Em episódio anterior, moradores transportaram seis corpos em uma Kombi até o Hospital Estadual Getúlio Vargas. A van chegou em alta velocidade, efetuou a entrega e deixou o local rapidamente.







