Santa Catarina enfrenta uma grave crise no setor de transporte. Atualmente, cerca de 8 mil caminhões estão parados por falta de caminhoneiros, causando prejuízos de R$ 30 milhões por mês e impactando toda a cadeia logística do estado. O problema preocupa empresas e autoridades, já que o transporte rodoviário é essencial para a economia brasileira.
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Segundo Lorisvaldo Piuco, presidente do Setransc (Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Sul de Santa Catarina), “o mercado hoje está bem quieto, bem parado, bem recessivo. Se der uma melhorada, a situação vai explodir, vai dar um boom, e não só em Santa Catarina, mas no Brasil como um todo”.
Principais causas da escassez de motoristas
A falta de caminhoneiros é motivada por três fatores:
- insegurança nas estradas,
- desinteresse dos jovens pela profissão e
- salários pouco atrativos.
A insegurança inclui violência, roubo de cargas e infraestrutura deficiente, provocando atrasos e riscos aos profissionais.
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Piuco alerta que “a insegurança nas estradas é tão grande que os pais não querem que os filhos sejam motoristas para imitá-los”.
A BR-101, em especial o Morro dos Cavalos, representa um dos maiores desafios logísticos de Santa Catarina. Acidentes e incêndios na região aumentam a apreensão dos caminhoneiros.
Jovens preferem tecnologia
O setor também sofre com a falta de renovação. A juventude busca carreiras em TI e tecnologia, deixando a profissão de caminhoneiro pouco atraente.
Embora os caminhões modernos incluam tecnologia avançada e automação, o interesse dos novos profissionais permanece baixo.
Baixos salários desestimulam a profissão
A remuneração insuficiente completa o problema. O esforço, os riscos e as jornadas longas não são compensados, especialmente na carga fracionada, que exige entregas múltiplas e deslocamentos extensos.
“O salário não é convidativo”, destaca Piuco.

Caminhões parados representam prejuízo milionário
O Setransc, junto ao Sistema Fetranscesc, busca valorização salarial e melhores condições para os motoristas.
Segundo Piuco, “a necessidade de motorista é grande. Estamos com 7 a 8 mil caminhões parados por falta de profissional do volante. É um absurdo dizer isso em 2025”.
O Sistema Fetranscesc, que engloba entidades de várias cidades de SC, trabalha para defender os interesses do setor e garantir condições melhores para os caminhoneiros.


 
                                    


