Mesmo com a recente redução de tarifas anunciada pelos Estados Unidos, a indústria de Santa Catarina continua prejudicada. O corte de 40% sobre produtos brasileiros divulgado nesta quinta-feira (20) não inclui produtos industrializados do estado.
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A decisão da Casa Branca abrange itens como café, carnes, frutas tropicais, sucos e cacau.
A medida é resultado de negociações diretas entre o presidente norte-americano Donald Trump e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, iniciadas em uma ligação no dia 6 de outubro, quando ambos concordaram em discutir os entraves comerciais que tensionavam a relação bilateral.
No entanto, a indústria catarinense, que exporta veículos, motores, máquinas e produtos de madeira, não foi contemplada.
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Esses itens representam a base das exportações do estado, principalmente para empresas localizadas no Planalto Norte, Alto Vale do Itajaí e Serra.
Mesmo com o tarifaço em vigor desde agosto, as exportações de Santa Catarina cresceram 5% entre janeiro e setembro de 2025, comparado ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
A Fiesc segue avaliando os impactos da redução parcial, já que Santa Catarina está entre os cinco estados mais afetados pelo tarifaço, sendo o principal no Sul do país.
Em 2024, o estado foi responsável por 41% de toda a madeira exportada para os Estados Unidos.
Na ordem executiva, Trump afirmou que a decisão ocorreu após conversa com Lula, “durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as questões identificadas no Decreto Executivo 14.323”. As negociações comerciais seguem em andamento.
Lula comentou o avanço durante o Salão do Automóvel em São Paulo: “Eu só queria dizer ao presidente Trump o seguinte: eu vou lhe agradecer só parcialmente, porque eu vou agradecer totalmente quando tudo estiver acordado entre nós”.







