A Polícia Civil de Santa Cecília, no Meio-Oeste de Santa Catarina, apreendeu clonazepam sem receita médica na casa de uma mulher suspeita de fornecer refrigerante adulterado a funcionários do Pronto Atendimento do município. O caso, ocorrido em outubro, deixou 11 servidores intoxicados. As novas informações foram divulgadas nesta quinta-feira (27) pela delegada Roxane Venturi.
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O remédio foi encontrado durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência da tia de um ex-funcionário da unidade, apontados como principais suspeitos. Ambos tiveram a prisão temporária prorrogada por mais 30 dias.
O clonazepam apreendido é o mesmo princípio ativo detectado no refrigerante consumido pelos servidores, e a Polícia Civil ainda investiga a motivação do crime e elementos para confirmar a autoria.
Entre os intoxicados estavam uma médica, uma enfermeira, quatro técnicos de enfermagem, uma recepcionista, uma farmacêutica e dois funcionários de serviços gerais.
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Após ingerirem a bebida, os servidores apresentaram sonolência intensa, náuseas e lapsos de memória, com dificuldades para recordar o que aconteceu. Todos permanecem sendo monitorados pela equipe de saúde do município.
De acordo com o secretário de Saúde, Eliézer Rodrigues Gomes, os primeiros sinais surgiram cerca de uma hora e meia após o consumo:
“Alguns servidores não lembravam nem que haviam sido internados. Isolamos a cozinha e recolhemos o material para análise.” O caso segue sendo investigado para responsabilizar os envolvidos e evitar novos incidentes.
Suspeitas
A principal suspeita de adulterar o refrigerante é tia de um servidor afastado por denúncias de importunação sexual contra funcionárias da unidade.
Segundo a Polícia Civil, o caso de assédio foi registrado neste ano, e todas as vítimas haviam consumido o refrigerante de dois litros deixado pela mulher, parente do servidor investigado.

Clonazepam
O clonazepam, medicamento de uso controlado, atua como ansiolítico e anticonvulsivante, indicado para ansiedade, pânico, epilepsia e distúrbios do humor.
Seu consumo sem prescrição médica pode causar sonolência, confusão mental, náuseas e perda de memória, sintomas relatados pelos servidores intoxicados.







