O rádio é a mídia de massa de maior alcance nos Estados Unidos. Essa afirmação foi confirmada após a divulgação dos dados mais recentes de consumo do veículo, com base no relatório Nielsen Audio Today 2023. Segundo o levantamento, o rádio AM/FM atinge 91% de todos os americanos com mais de 18 anos a cada mês, superando a TV, smartphones, PCs e tablets.
Diferentemente do que ocorre no Brasil, 65% de toda a audição de rádio AM/FM ocorre fora de casa, com 44% acontecendo em carros. Neste caso, segundo análise feita por Pierre Bouvard, da Westwood One, esses dados apontam o rádio como um meio poderoso para alcançar consumidores em trânsito e próximo ao ponto de compra.
“O rádio é um meio poderoso para alcançar e envolver os consumidores que atendemos. Quase todas as pessoas são consumidores em potencial de nossas marcas. Queremos alcançar 100% desses consumidores em potencial. O rádio é uma maneira poderosa de alcançar esses consumidores devido ao seu imenso alcance e disponibilidade. Quando bem feito, o rádio funciona por causa de seu alcance, eficácia e eficiência. Exatamente o que as marcas da P&G estão procurando.”, afirma Marc Pritchard, diretor de branding da P&G.
Ainda sobre os dados de consumo de rádio nos Estados Unidos, a análise feita por Pierre destaca a força do veículo entre todas as mídias de áudio que contam com algum tipo de anúncio. Segundo a análise, o rádio AM/FM domina com um alcance cinco vezes maior que o do Spotify e oito vezes maior que o de Pandora e Amazon Music. Além disso, dados validados pelo relatório “Share of Ear” da Edison Research mostram que o rádio AM/FM detém quase 90% da participação em áudio suportado por anúncios ouvido em carros.
Como destacado anteriormente pelo tudoradio.com, em sua análise, Pierre indica que os anunciantes devem usar o rádio AM/FM para criar demanda futura. Segundo o analista, o rádio AM/FM é perfeito nesse sentido, pois os anunciantes podem segmentar audiências muito amplas de todos os compradores de categorias.
“Criar demanda futura é fazer publicidade para aquele grupo muito maior de consumidores que não estão no mercado, que não estão prontos para comprar agora, mas estarão no futuro, e fazê-los se sentir familiarizados e positivamente inclinados em relação a nós, para que gravitem em nossa direção quando entrarem na categoria.” Esta citação, usada por Pierre em sua análise, é de James Hurman, autor do livro Demanda Futura.
Veja abaixo os principais números do relatório da Nielsen, em um infográfico organizado pela Westwood One, braço da Cumulus Media. Na primeira coluna são comparados o alcance do rádio com outras plataformas de áudio que contam com anúncios. Na segunda, à direita, está a divisão da composição do consumo de rádio nos Estados Unidos, considerando o ambiente como “no carro”, “em casa”, “no trabalho” e “outros”.
Em sua análise, Bouvard destaca que o relatório também “enfatiza o papel do rádio em alcançar uma ampla audiência e criar demanda futura, o que é valioso para os anunciantes que desejam familiarizar potenciais consumidores com suas marcas”. Pierre também informa que esses dados não estão passando despercebidos pelos maiores anunciantes norte-americanos. A P&G (Procter & Gamble), que passou a ser o maior investidor publicitário no meio, reconhece a eficácia do veículo.