Rádios RBV

Menu

Microchip cerebral para tratamento de TOC é implantado em SC

Cirurgia usa a técnica de estimulação cerebral profunda e é aplicada em outras doenças, como epilepsia, Parkinson, depressão e transtorno de agressividade

Fonte:
NSC

No fim do ano passado, o Hospital SOS Cárdio, de Florianópolis, realizou pela primeira vez uma cirurgia para tratar o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) por meio do implante de um microchip cerebral. O procedimento é indicado para pacientes que não respondem a tratamentos conservadores, como o feito com medicações, psicoterapia e eletroconvulsoterapia.

A cirurgia usa a técnica de estimulação cerebral profunda (em inglês, Deep Brain Stimulation, ou DBS) e funciona por estereotaxia, ferramenta que permite guiar o microchip (também chamado de eletrodo) até o alvo através de coordenadas, como se fosse um GPS. O foco é o giro do cíngulo, área que se encontra nos dois hemisférios cerebrais e, portanto, ajuda na modulação das emoções e pensamentos.

— O chip é um fiozinho conectado numa bateria, igual marca-passo, colocada no torax do paciente. A partir dali a gente consegue “programar” os neurônios disfuncionais. O chip manda energia e cria um campo elétrico. Esse campo vai gerar o ajuste da disfunção elétrica que está causando o problema — explica o neurocirurgião Wuilker Knoner Campos.

- Publicidade -

A técnica DBS também é usada para tratar outras doenças, como epilepsia, Parkinson, depressão e transtorno de agressividade. Em Santa Catarina, outros procedimentos para essas doenças já haviam sido realizados. O tratamento para TOC, inédito no Estado até então, já foi realizado em São Paulo, Goiás e Rio Grande do Sul.

Veja também

Afastamento por problemas de saúde mental aumentam 38%

“Fila Zero” ainda tem cerca de 100 mil pacientes na fila de espera

O custo para a implantação particular é de R$ 200 mil, usando equipamentos das marcas Medtronic, Boston ou Abbott. De acordo com o doutor Wuilker Knoner Campos, a tecnologia já está disponível nos planos de saúde e pelo SUS, porém para tratar outras doenças. Para problemas psiquiátricos, ainda não há aprovação de rotina. Portanto, nesses casos, o uso precisa sempre passar por uma auditoria do plano ou do SUS.

De acordo com o médico, os resultados da cirurgia aparecem de médio a longo prazo. A melhora aparece entre três e seis meses.

— É como uma cirurgia bariátrica. Vai ter que ter um rearranjo dos circuitos elétricos dos neurônios, em um período de neuroplasticidade — explica.

Acompanhe o Portal RBV nas redes sociais:

YouTube

Facebook

Instagram

TikTok

Participe do grupo no Whatsapp do Portal RBV e receba as principais notícias da nossa região.

*Ao entrar você está ciente e de acordo com todos os termos de uso e privacidade do WhatsApp

Últimas Notícias

Previsão do Tempo: Santa Catarina tem chuva moderada e instabilidade no litoral

A previsão do tempo para Santa Catarina indica que...

Campanha Natal Solidário da Uniarp arrecada bolas para doação

A Uniarp está realizando sua tradicional campanha de Natal...

Caçador conquista 15 medalhas e três troféus nos JASC

Os atletas caçadorenses vem sendo destaque nos Jogos Abertos...

Eventos da CDL Caçador fomentam criatividade e inovação no comércio local

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Caçador encerrou...

Ex-mulher de autor das explosões no STF tem melhora, mas segue na UTI

A ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz, autor das explosões...

Mais Lidas da semana

Jovem morre afogado em rio durante brincadeira com irmãos

Um jovem de 23 anos morreu afogado em um...

Dois homens são mortos a tiros em Lebon Régis

A madrugada deste domingo, 17, foi violenta em Lebon...

Motorista fica ferido em capotamento na SC-135 em Videira

Na madrugada deste domingo (17), por volta das 04h06,...

Homem morre afogado durante pescaria em Rio das Antas

Um homem de 59 anos foi encontrado morto na...

Master assume novo patamar de gestão com a jornada do ESG

A Master umas das empresas de alimentos que mais...

Outros Tópicos Interessantes