A partir agora, a vacina contra HPV passa a ser realizada em dose única, seguindo a recomendação do Ministério da Saúde (MS), Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Esta alteração tem como objetivo intensificar a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus.
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Anteriormente, eram necessárias duas doses da vacina, com um intervalo de 6 meses entre elas, para completar o esquema vacinal. Com essa mudança, o Ministério da Saúde busca aumentar a adesão à vacinação, ampliar a cobertura e, consequentemente, evitar novos casos de câncer de colo do útero.
A ginecologista Dra. Alessandra dos Santos, do Pame em Videira, destaca a importância de vacinar crianças e adolescentes de 9 a 14 anos para prevenir não apenas o HPV, mas também outros tipos de doenças. A vacina protege contra quatro subtipos do HPV, que são causadores do câncer de colo uterino.
O público-alvo são meninos e meninas de 9 a 14 anos. Com essa atualização para apenas uma dose, a população alvo estará protegida. A vacina está disponível nos postos de saúde videirenses em horário comercial.
Embora o horário seja estendido durante campanhas, a vacina está disponível o ano todo. É importante que menores de 9 a 14 anos estejam acompanhados pelos pais, mães ou responsáveis no momento da vacina.
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Atualmente, em Santa Catarina, a cobertura da vacina contra o HPV está em 65,2% para meninos e de 81,24% para meninas, enquanto a meta do Ministério é alcançar 90%.
O câncer de colo do útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Além dos meninos e meninas com idade entre 9 e 14 anos, outros públicos que podem ser vacinados contra o HPV na rede pública de saúde incluem pessoas de 9 a 45 anos de idade, vivendo com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea, pacientes oncológicos, imunossuprimidos por doenças e/ou tratamento com drogas imunossupressoras, além de vítimas de abuso sexual.
Para esses casos, o esquema de vacinação permanece em três doses: duas doses com intervalo de dois meses entre a primeira e segunda dose, e a terceira dose seis meses após a primeira.