Os professores de SC decidem suspender greve por 60 dias, em assembleia na tarde desta quarta-feira (8), que já durava 15 dias. Nesse período, a categoria espera que o governo do estado apresente nova proposta.
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A decisão de suspensão da greve foi feita durante assembleia em Florianópolis.
“Ficou decidido que a categoria vai continuar em luta. Nós vamos suspender a greve por 60 dias e vamos estar na mesa de negociação. E nesse período nós queremos uma proposta do governo que vá garantir reajuste e descompactação da nossa tabela salarial”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte-SC), Evandro Accadrolli.
O governo de Santa Catarina havia apresentado proposta nesta quarta (08), com
- antecipação do aumento do vale-alimentação para R$ 25 por dia em novembro de 2024;
- aplicação de um terço da hora-atividade a partir de 2025;
- lançamento de edital de concurso público da educação em junho de 2024, com chamamento dos aprovados a partir de 2025.
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Mas, segundo a liderança do sindicato, a proposta não satisfaz todos os pedidos dos profissionais. “Ela não atende às demandas porque não apresentou reajustes, porque não descompactou”, resumiu o presidente do Sinte.
Na noite de terça (7), a Justiça decidiu que o governo do estado não pode demitir professores, nem descontar as horas da paralização.
A Procuradoria-Geral do Estado disse em nota que a liminar do Tribunal de Justiça do Estado em favor do Sinte contraria não apenas precedentes do próprio tribunal catarinense, mas também precedentes obrigatórios do Supremo Tribunal Federal, nos quais se definiu ser possível o desconto de dias parados por grevistas, mesmo não tendo sido previamente reconhecida a ilegalidade da greve.
Os servidores continuam pedindo o reajuste do piso nacional da tabela salarial, a efetivação do concurso público, aplicação da hora-atividade e a descompactação da folha de pagamento, para diminuir a diferença salarial entre os profissionais.