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Epagri ganha Prêmio de Ecologia por agricultura regenerativa e terraceamento

Projeto de agricultura regenerativa desenvolvido na propriedade da família Aléssio, em Faxinal dos Guedes, foi um dos premiados

Fonte:
Epagri

A Epagri ganhou Prêmio de Ecologia por agricultura regenerativa e terraceamento, somando 25 troféus Onda Verde e mantendo-se por várias edições seguidas como a maior vencedora do Prêmio. A instituição que aparece em segundo lugar tem 20 troféus.

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A Epagri alcançou outro diferencial na 30ª edição do Prêmio: teve dois projetos laureados na categoria Agropecuária, “pois as propostas dos cases se potencializam”, esclarece o site da premiação.

Os projetos premiados conjuntamente são, Revitalizando a Terra: Agricultura Regenerativa em Ação e Terraceamento no Oeste de Santa Catarina: Protegendo o Solo e Armazenando Água.

Agricultura Regenerativa

No projeto Revitalizando a Terra: Agricultura Regenerativa em Ação, a Epagri mostra seu trabalho junto à família Aléssio, de Faxinal do Guedes.

A família é pioneira na adoção do Sistema Plantio Direto em Santa Catarina e uma referência na produção sustentável de grãos, demonstrando que é possível aumentar a rentabilidade e reduzir o impacto ambiental.

Na década de 1970 a família quase desistiu do negócio, forçada pela erosão e empobrecimento do solo na propriedade. Em 1981 os Aléssio aderiram ao Sistema Plantio Direto.

A parceria entre a Epagri e a família iniciou em 2014 e resultou no aprimoramento de técnicas e desenvolvimento de práticas de conservação do solo, além da diversificação de cultivos. Hoje, são 800 hectares produzindo soja e milho no verão e 300 hectares de trigo no inverno, todos com princípios da agricultura regenerativa.

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O Sistema Plantio Direto consiste no uso de consórcio de plantas de cobertura com deposição de grandes volumes de palha.

A família também apostou no enriquecimento do solo com dejetos animais e pó de rocha, aplicação de microrganismos eficazes, além do uso de inseticidas e fungicidas biológicos quando necessário. Tudo isso criou um ambiente saudável para a produção de grãos.

 “Essas ações integradas de conservação do solo e do meio ambiente resultam em produtividades mais elevadas nas lavouras, que se mantêm consistentes ao longo dos anos, mesmo em períodos com adversidades climáticas, e com custos menores em comparação com as médias regionais”, conclui o projeto redigido pelos extensionistas da Epagri Jeferson João Soccol e Juliane Garcia Knapik Justen e premiado pela editora Expressão.

Aumento da matéria orgânica no solo de 3% para 6%, redução no uso de insumos externos em 20%, redução no custo de produção em 30%, aumento da taxa de infiltração de água no solo de 60mm por hora para 100 mm por hora, cerca 200t de carbono estocados no solo por hectare e melhoria dos atributos físicos químicos e biológicos do solo e foram alguns dos resultados listados no projeto premiado.

Também foi realizado o I Encontro de Agricultura Regenerativa que reuniu cerca de 700 participantes no ano passado. A parte prática do evento, denominada Dia de Campo, aconteceu na propriedade dos Aléssio.

Terraceamento

O projeto Terraceamento no Oeste de Santa Catarina: Protegendo o Solo e Armazenando Água mostra o trabalho que os extensionistas da Epagri desenvolvem de forma coletiva desde 2015 e que resultou na implementação da prática em 22 municípios da região.

Foram instalados 1,3 mil hectares de terraços de base larga em 114 propriedades rurais do Oeste catarinense.

O terraceamento consiste na construção de terraços, que são estruturas de terra posicionadas transversalmente à inclinação do terreno. Esses terraços dividem as rampas, impedindo que a água entre eles atinja quantidade e velocidade capazes de causar erosão.

Seu uso deve ser associado a outras práticas conservacionistas, como a proteção de solo por plantas de cobertura, adotada no Sistema Plantio Direto.

Os terraços desempenham um papel essencial, retendo a água, aumentando a concentração de nutrientes no solo em até seis vezes e reduzindo os custos de produção. Além disso, protegem rios e lagos da contaminação, preservando a qualidade da água da região.

Entre as vantagens do terraceamento está a economia de adubo. Eles evitam em seis vezes que a água escoe pela lavoura carregando adubo e matéria orgânica. A prática promove ainda o armazenamento médio de 2 mil litros de água por metro linear de canal terraceado.

Ao permitir uma maior infiltração de água, a prática permite um efetivo controle da erosão, mesmo diante de altos volumes de chuva.

Controlando a erosão do solo, os terraços são capazes de evitar o assoreamento de cursos d’água e a degradação ambiental. Combatem ainda o aumento dos custos de produção agrícola e a baixa produtividade das lavouras e pastagens, especialmente em eventos climáticos extremos, como enxurradas e estiagens.

Para colaborar na difusão da tecnologia, a Epagri editou e disponibilizou para livre download o Boletim Didático “Passo a Passo do Terraceamento”, que pode ser baixado aqui.

A TV da Epagri também realizou uma série de reportagens sobre o tema: como construir e quais equipamentos usar, como demarcar a cota dos terraços, como é a semeadura em nível, como medir a taxa de infiltração de água no solo.

Sobre o Prêmio

O 30º Prêmio Expressão de Ecologia teve 121 projetos inscritos e 30 vencedores. Foi criado em 1993 pela Editora Expressão, com objetivo de divulgar as principais ações de sustentabilidade e incentivar a replicabilidade dessas iniciativas.

Tornou-se a maior premiação ambiental do país no segmento empresarial com reconhecimento do Ministério do Meio Ambiente. Desde 2021, o Prêmio foi aberto para São Paulo, além dos três estados da região Sul.

Em trinta anos de realização, o Prêmio Expressão de Ecologia registrou 3.390 cases inscritos, das principais empresas, ONGs, prefeituras e entidades do Sul e, nos dois últimos anos, do estado de São Paulo também.

O Prêmio coleciona centenas de inscrições a cada ano e seus eventos de premiação tornaram-se ponto de referência da comunidade ambiental.

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