Em 1994, o Brasil enfrentava uma crise econômica severa, marcada por inflação descontrolada e constantes mudanças de moeda. O cenário mudou drasticamente com a implantação do Plano Real que completa 30 anos em 1º de julho de 2024. Em uma entrevista exclusiva para a equipe do Portal RBV, o professor Luís Carlos Bondicz, especialista em economia, analisa como essa nova moeda transformou o país.
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Antes do Real, o Brasil passou décadas lidando com hiperinflação, onde o valor do dinheiro evaporava diante dos olhos dos cidadãos. “O plano foi concebido para estabilizar a economia e fortalecer o valor da moeda”, explica Bondicz.
A transição não foi simples, envolvendo a criação da Unidade Real de Valor (URV) como medida temporária para facilitar a conversão monetária.
Com a estabilização, o Real não apenas reduziu a inflação a níveis controláveis, mas também promoveu um ambiente econômico mais previsível e confiável.
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“Em 1994, víamos inflações anuais superiores a 2000% a 3000%; hoje, vivemos com taxas abaixo de dois dígitos”, destaca o economista.
O salário mínimo, que era de R$ 70 em 1994, hoje ultrapassa R$ 1400, refletindo o aumento do poder de compra ao longo das décadas.
Os impactos do Real podem ser vistos no dia a dia dos brasileiros. “Produtos como açúcar e gasolina, que eram significativamente mais baratos em 1994, agora têm preços muito mais altos, mas a moeda permanece estável”, observa Bondicz.
Mesmo com desafios atuais, como variações cambiais, o Real se estabeleceu como uma âncora econômica fundamental para o Brasil.
À medida que celebramos três décadas do Plano Real, é essencial não apenas reconhecer suas conquistas, mas também manter a responsabilidade fiscal e econômica para proteger nosso patrimônio financeiro. A história do Real é um testemunho de sucesso e estabilidade que moldou a economia brasileira para melhor.