O número de agrotóxicos com registro cancelado no Brasil subiu 37% em 2023, totalizando 177 cancelamentos. O levantamento da AllierBrasil aponta um aumento significativo em relação aos anos anteriores, mais que dobrando a quantidade registrada em 2021.
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A principal causa do aumento foi a proibição do carbendazim, fungicida considerado cancerígeno e tóxico para a saúde reprodutiva.
A decisão da Anvisa, que entrou em vigor em fevereiro de 2023, motivou o cancelamento de vários produtos.
Além disso, a restrição da pulverização aérea de fipronil também contribuiu para o crescimento dos cancelamentos.
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A medida, anunciada pelo Ibama, visou reduzir o impacto ambiental, especialmente sobre as abelhas, e levou ao cancelamento de nove produtos.
Em 2023, metade dos cancelamentos foi solicitada por fabricantes devido à baixa demanda e altos custos de manutenção. O restante foi realizado diretamente pelo governo.
Apesar dos cancelamentos, o número de novos produtos aprovados permaneceu alto, com 555 aprovações em 2023.
Embora tenha havido uma queda em comparação a 2022, a quantidade foi uma das maiores na história recente.
O Ministério da Agricultura explicou que o aumento dos cancelamentos é reflexo de mudanças regulatórias e do banimento de produtos.
A nova Lei 14.785, que exige que produtos sejam comercializados em até dois anos sob pena de cancelamento, pode intensificar essa tendência.