A maior seca dos últimos 44 anos está elevando o custo de alimentos como carne bovina, feijão, e laranja, de acordo com especialistas. A estiagem prolongada de 12 meses, monitorada pelo Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), está impactando gravemente a agropecuária brasileira, especialmente a agricultura familiar, que responde por cerca de 70% dos alimentos consumidos no país.
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A falta de chuvas afeta pequenos produtores que, em grande parte, não possuem sistemas de irrigação.
Essa situação está contribuindo para a degradação de pastos, prejudicando a produção de carne bovina e afetando a qualidade das lavouras de feijão e laranja.
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A seca também favorece a proliferação de pragas e incêndios, intensificando as perdas.
Feijão
A produção de feijão carioca, a mais consumida no Brasil, enfrenta uma redução significativa.
Nos últimos anos, a falta de chuvas resultou em perdas de até 15% na segunda safra e 11% na terceira safra, o que pode elevar o preço do feijão em até 40% até o final do ano.
Carne
A seca compromete a qualidade dos pastos, atrasando o processo de engorda dos animais e diminuindo a oferta de carne bovina.
Com a demanda elevada, os preços devem subir.
Laranja
A produção de laranja e suco de laranja está sofrendo com a falta de chuvas e altas temperaturas, levando a um aumento de preços de até 43,50% para algumas variedades.
A recuperação total do setor pode levar até três anos.
Especialistas alertam que, com as mudanças climáticas, secas mais frequentes são esperadas, o que pode agravar ainda mais a situação da produção agrícola no Brasil.