A partir de hoje, 4 de novembro, o Ministério da Saúde altera o esquema vacinal contra a poliomielite. As duas doses de reforço da vacina oral poliomielite bivalente (VOPb) serão substituídas por uma única dose da vacina inativada poliomielite (VIP). Assim, o esquema vacinal ficará totalmente baseado na VIP.
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Atualmente, as crianças recebem três doses da VIP aos 2, 4 e 6 meses de idade, além de duas doses de reforço da VOP, a gotinha, aos 15 meses e aos 4 anos.
Com a nova alteração, o esquema vacinal passará a ser com todas as doses injetáveis:
- Primeira dose aos 2 meses;
- Segunda dose aos 4 meses;
- Terceira dose aos 6 meses;
- Reforço aos 15 meses.
Essa mudança segue uma tendência global e foi debatida amplamente na Reunião da Câmara Técnica Assessora em Imunizações (CTAI).
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O encontro contou com representantes de diversas entidades, como a Sociedade Científica, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), destacou a importância da vacina oral na imunização do país, que está há 34 anos livre da poliomielite.
Ele explicou que a vacina oral era excretada nas fezes e ajudava na imunização indireta de outras crianças, mesmo as não vacinadas. Contudo, essa prática não é mais necessária, pois o vírus selvagem da doença está restrito ao Afeganistão e ao Paquistão.
Kfouri alertou ainda sobre os riscos do vírus vacinal, que pode sofrer mutações e causar paralisia em pessoas não vacinadas. Ele reiterou que a nova vacina é segura e deve fazer parte do calendário de imunizações.
“As crianças precisam ser vacinadas. A paralisia só ocorre em quem não tem vacina”, concluiu.
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