Café mais amargo: Preço da bebida esquenta na região, fazendo com que o bolso dos consumidores fique mais pesado. Um levantamento do professor e economista Luís Carlos Bondicz mostra que, de outubro de 2016 até outubro deste ano, o preço do café no mercado subiu 28%. No último mês, a principal bebida brasileira registrou um preço médio de R$ 22,52 no mercado.
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Bondicz relaciona o aumento do preço principalmente às mudanças climáticas e também às queimadas no Centro-Oeste brasileiro. “As mudanças do clima no mundo reduziram a oferta do produto no mercado global. No Vietnã, que é o segundo maior produtor mundial, uma seca histórica e depois um tufão destruíram plantações”.
“O Brasil é o maior produtor e exportador. E por aqui os cafezais também estão sofrendo. As queimadas destruíram grande parte da lavoura nas fazendas de São Paulo e Minas Gerais”
Observado desde 2016, o único ano em que o preço do café ficou abaixo dos R$ 10,00 foi em 2019. No ano que antecedeu a pandemia da Covid-19, o preço médio do café de 500g em Videira foi de aproximadamente R$ 9,30.
Porém, não é somente no mercado que o consumidor está sentindo o preço mais salgado do café. As cafeterias também estão tendo de repassar o aumento para os seus clientes. Em Videira, uma cafeteria que abriu no início deste ano já teve que repassar novos preços aos seus consumidores. Camila Testolin proprietária do espaço, explica que nos últimos meses já repassou os seus novos preços. “Foi nos repassado, durante o ano, duas vezes, já teve esse aumento e, como está essa questão climática que está afetando bastante as safras, tende a aumentar ainda”, explica.
“O que a gente conseguiu absorver desse aumento, mas a maioria, a gente teve que repassar esse aumento do preço final do café”
Mesmo com o aumento do preço, Camila destaca que os clientes seguem consumindo cada vez mais a bebida, mesmo com os dias mais quentes. “O brasileiro, por mais quente que esteja, não abandona o café, o pessoal é bem fiel”, complementa.
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