O alho, ingrediente indispensável nas cozinhas brasileiras, também tem papel fundamental na economia de Santa Catarina. O Estado é o terceiro maior produtor nacional, atrás apenas de Minas Gerais e Goiás. Este ano, mesmo com uma redução de aproximadamente 30% na área plantada, os produtores catarinenses estão otimistas, considerando a safra de 2024/2025 como uma recuperação para a cultura.
PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS
As condições climáticas favoráveis deste ano contrastam com os desafios enfrentados anteriormente, quando temporais e a falta de luminosidade prejudicaram as plantações. A produção de alho em Santa Catarina na safra 2023/2024 foi de aproximadamente 7,37 mil toneladas, o que representa uma redução de cerca de 38,6% em relação às estimativas iniciais.
O Meio-Oeste catarinense concentra grande parte da produção, com destaque para os municípios de Fraiburgo, Frei Rogério, Curitibanos, Lebon Régis e Brunópolis. Entre os produtores locais, Itamir Gasparini, presidente da Associação de Produtores de Alho do Meio-Oeste e Planalto de Santa Catarina, celebra a melhora das condições climáticas, que trouxeram “qualidade e produtividade” à safra deste ano. Segundo ele, o clima tem sido determinante para que a colheita alcance alta qualidade.
Silvio Novacosky, produtor em Frei Rogério, cultiva alho ao lado dos filhos e afirma que esta safra é a melhor dos últimos 10 anos. Ele destaca que as condições climáticas ideais garantiram um bom desenvolvimento das lavouras e que as expectativas de preços no mercado são positivas. Comparando-se com os mercados estrangeiros, como Argentina e China, o alho catarinense deve se destacar pela qualidade.
Veja também
Monitoramento de carbono deverá elevar apicultura a novo patamar
Rifa da Fazendinha arrecada R$ 10 mil para reforma de capela
Terra de devedores da União será usada para reforma agrária e assentamentos
A qualidade do alho produzido em Santa Catarina é notável e resulta de um manejo cuidadoso, além de assistência técnica oferecida por instituições como a Epagri, explica o pesquisador Anderson Feltrin. A organização investe em pesquisa e tecnologia para a cultura do alho desde sua introdução na década de 1970. Recentemente, a Epagri realizou um dia de campo na Estação Experimental de Caçador, onde apresentou novas técnicas de controle de doenças e aumento da produtividade.
Atualmente, algumas áreas já alcançam até 18 toneladas por hectare, enquanto os investimentos em pesquisa e tecnologia ajudam a manter os custos sob controle e elevam a produtividade. A qualidade superior do alho catarinense, combinada com a aplicação de novas técnicas, tem atraído elogios no mercado nacional e internacional.
Com o fortalecimento da cultura e uma safra promissora, os produtores renovam o entusiasmo, esperando oferecer alho de alta qualidade para as mesas brasileiras e também para o mercado internacional. Este ano é considerado um marco de recuperação para os produtores da região, que veem o futuro da cultura com otimismo e orgulho.
Portal RBV nas redes sociais