O dólar abriu em forte alta nesta quinta-feira (28), chegando perto de R$ 6. A reação negativa do mercado é reflexo do anúncio do pacote fiscal e da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Na véspera, a moeda americana havia fechado a R$ 5,91, seu maior valor nominal da história.
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Por volta das 9h05, o dólar atingiu R$ 5,97, com alta de 0,6%. Momentos antes, a cotação chegou a bater R$ 5,99.
Esse movimento de alta ocorre após o governo federal divulgar, na quarta-feira (27), o aguardado pacote fiscal, com destaque para a isenção do Imposto de Renda aos trabalhadores que recebem até R$ 5 mil.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que essa medida terá impacto fiscal de R$ 35 bilhões, valor abaixo das previsões do mercado, que estimava uma soma superior a R$ 45 bilhões. A isenção começará a valer em 2026, caso seja aprovada pelo Congresso Nacional.
Além disso, o governo apresentou um pacote de ajuste fiscal, com medidas que visam economizar R$ 70 bilhões nos próximos dois anos.
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No entanto, a reação do mercado tem sido de insatisfação, com analistas apontando que as medidas de corte de gastos são tímidas e não suficientes para um controle eficaz das contas públicas.
A falta de ousadia nas ações foi criticada por analistas, como Solange Srour e Tony Volpon, que destacaram a necessidade de reformas mais profundas para enfrentar o crescimento das despesas públicas e garantir a sustentabilidade fiscal do país.
A alta do dólar reflete, portanto, o temor do mercado sobre a efetividade das medidas e a capacidade do governo de controlar os gastos.
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