Diversos países do mundo começaram a se manifestar após o término da cerimônia de posse de Nicolás Maduro para um terceiro mandato presidencial na Venezuela nesta sexta-feira (10).
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Entre as reações estão o repúdio ao “desrespeito pela democracia”, o aumento da recompensa pela captura de Maduro e uma ampliação de sanções econômicas contra a Venezuela.
Na cerimônia de posse, que encerra um processo eleitoral marcado pela falta de transparência, Maduro afirmou que “ninguém impõe um presidente à Venezuela”, referindo-se aos diversos países que o pressionaram pela apresentação das atas eleitorais da eleição, ocorrida em julho de 2024.
Os EUA aumentaram a recompensa pela captura de Maduro para US$ 25 milhões (cerca de R$ 153 milhões) e ampliaram as sanções econômicas impostas ao país.
“Maduro demonstrou, mais uma vez, total desrespeito pelas normas democráticas ao prosseguir hoje com uma posse ilegítima”, afirmou a Casa Branca.
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A União Europeia, o Reino Unido e o Canadá também anunciaram novas sanções econômicas contra 15 pessoas ligadas ao governo venezuelano. Enquanto isso, os EUA sancionaram outros oito autoridades venezuelanas.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que “nunca será a favor de criminalizar a oposição”.
Interpelado por jornalistas na manhã desta sexta-feira, o vice-presidente Geraldo Alckmin classificou a confirmação da posse de Maduro como “lamentável” e que “a democracia é civilizatória e precisa ser fortalecida”.
Maduro toma posse
Nicolás Maduro tomou posse nesta sexta-feira (10) em uma sessão solene na sede da Assembleia Nacional em Caracas. A cerimônia, presidida pelo chavista Jorge Rodríguez, encerra um processo eleitoral marcado pela falta de transparência, autoritarismo e violência extrema contra qualquer pessoa que ousou se opor ao atual regime.
Maduro não apresentou provas de que venceu o pleito, ao contrário da oposição, que realizou uma contagem paralela das atas eleitorais — reivindicando a vitória para o opositor Edmundo González Urrutia.
“Ninguém impõe um presidente à Venezuela”, disse em discurso. Ele criticou a oposição e chamou o presidente da Argentina, Javier Milei, de “sádico social”. Milei é crítico de Maduro.
As eleições presidenciais na Venezuela ocorreram em 28 de julho de 2024. Antes mesmo da votação, o regime de Maduro dificultava a participação da oposição, deixando claro que dificilmente o pleito seria livre.
No início de 2024, as autoridades eleitorais barraram a candidatura de María Corina Machado, principal líder da oposição a Maduro. Edmundo González surgiu como candidato surpresa, sendo um dos poucos a conseguir registrar-se para a disputa.
A poucas semanas das eleições, o governo de Maduro revogou convites feitos a observadores internacionais, aumentando as suspeitas sobre o processo eleitoral. Barreiras também foram impostas contra fiscais da oposição.
Após a votação de 28 de julho, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Maduro como vencedor, com pouco mais de 50% dos votos. Simultaneamente, a oposição afirmou que González havia vencido com ampla vantagem, com base em atas eleitorais coletadas nos locais de votação.
Desde então, iniciou-se uma disputa de narrativas que resultou em mortes e na prisão de centenas de pessoas. Edmundo González foi exilado na Espanha, enquanto María Corina Machado permanece escondida na Venezuela.
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