Com a chegada da estação seca, o risco de queimadas cresce significativamente, trazendo sérias ameaças ao meio ambiente e à saúde pública. Para entender melhor essa questão, o bombeiro voluntário Jakson Mandelli explicou como as queimadas começam, seus impactos e as medidas necessárias para preveni-las.
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De acordo com Mandelli, as queimadas são comuns durante o inverno e períodos de estiagem, quando a baixa umidade do ar e o calor intenso facilitam a propagação do fogo. “O meio mais comum de iniciar uma queimada é quando as pessoas tentam limpar terrenos, tanto em áreas urbanas quanto rurais. Elas cortam mato, galhos secos e, ao atear fogo, acabam perdendo o controle, o que pode resultar em incêndios de média ou grande proporção”, alertou o bombeiro.
Mandelli também destacou os riscos das queimadas para a saúde das pessoas, especialmente aquelas com problemas respiratórios. “A fumaça e a fuligem resultantes dessas queimadas afetam diretamente os moradores, especialmente idosos e doentes. Recebemos denúncias diárias de que a fumaça está chegando às residências, prejudicando a qualidade do ar e a saúde dos habitantes”, afirmou.
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Para prevenir essas ocorrências, o bombeiro orienta a população a não realizar queimadas. “Após a limpeza de um terreno, é importante embalar o material em sacos de lixo e descartá-lo corretamente. Não acumule lixos, madeiras ou galhos para queima, pois o controle do fogo pode ser facilmente perdido”, recomendou.
O que diz a Lei
A legislação brasileira proíbe queimadas em perímetros urbanos e exige autorização para queimadas em áreas rurais. Mandelli ressalta a importância de agir rapidamente em caso de incêndio: “Sempre que visualizar uma queimada, entre em contato com os bombeiros através do telefone de emergência 193 o mais rápido possível, para evitar que o fogo se alastre e cause danos maiores.”
Somente no ano de 2023, a corporação atendeu a 70 incêndios em vegetação. Em 2024, de janeiro a agosto, já foram registrados 66 incêndios, sendo 14 apenas no último final de semana. A maioria dessas ocorrências foi provocada por ações humanas. “Se analisarmos, 70% a 80% das queimadas começam pequenas, mas quem provocou o incêndio perdeu o controle, gerando grandes problemas”, concluiu Mandelli.
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