O Ministério de Minas e Energia deve recomendar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o horário de verão não seja retomado neste ano. Fontes do governo apontam que essa decisão se baseia no início do período chuvoso, que melhora a situação dos reservatórios, e na pressão de setores industriais preocupados com custos adicionais.
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O anúncio oficial deve ocorrer na tarde desta quarta-feira (16), quando o ministro Alexandre Silveira apresentará dados atualizados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sobre a situação energética do país. A decisão final, porém, cabe ao presidente.
O debate sobre a reativação do horário de verão surgiu durante a crise hídrica, mas perdeu força com as previsões de chuvas.
Dados do ONS indicam que os reservatórios estão em condições controladas para atender à demanda até o final do ano.
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Além disso, a mudança no horário geraria impactos significativos para o setor aéreo, que precisa de tempo para se adaptar, enquanto setores como turismo apoiam a decisão, argumentando que ela estimula o consumo.
Na última sexta-feira (11), o ministro sinalizou que, se a medida fosse implementada, o período mais relevante seria de 15 de outubro a 30 de novembro.
Lula já indicou que não aprovaria o horário de verão antes do segundo turno das eleições, em 27 de outubro.
Horário de verão
O horário de verão, que consiste em adiantar os relógios em uma hora, foi introduzido no Brasil em 1931 e está suspenso desde 2019.
A pasta de Minas e Energia estima que sua retomada poderia gerar uma economia de R$ 400 milhões, mas avalia alternativas, como opções mais baratas para termelétricas e melhorias nas linhas de transmissão da usina de Itaipu.
O ministro destacou que as ações preventivas do governo têm garantido estabilidade energética, mas a decisão deve equilibrar segurança no abastecimento e modicidade tarifária.
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