Após notificação, Cidasc monitora abrigo de morcegos hematófagos no meio-oeste catarinense. Principal preocupação é com os hábitos alimentares destes animais.
O Departamento Regional de Caçador da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) recebeu a notificação de um produtor rural da existência de morcegos, no município de Matos Costa.
Na quinta-feira (29/02), a equipe de médicos veterinários da Cidasc visitou o salão comunitário na localidade de Colônia Cerne, em Matos Costa, e realizou o monitoramento do abrigo de morcegos hematófagos, especificamente da espécie “Desmodus rotundus”, que se alimenta exclusivamente de sangue, tendo preferência por mamíferos (como bois, cavalos, veados, entre outros) e consumindo também o sangue de aves.
Durante a ação, os profissionais realizaram intervenções para controlar a população em alguns morcegos hematófagos existentes no local.
Além disso, orientaram os produtores da região sobre a importância de manter o gado vacinado e de não realizar a manipulação direta dos morcegos.
Em caso de problemas, a Cidasc deve ser imediatamente comunicada.
A colaboração ativa das comunidades é crucial no combate a essa zoonose, uma doença sem tratamento e com potencial fatal.
Veja também
Um ano de agricultura de baixa emissão de carbono ABC+SC
Seguro rural e Proagro lideram demanda no Plano Safra na região Sul
As informações fornecidas pelos produtores rurais desempenham um papel fundamental no monitoramento de abrigos de morcegos e casos de espoliação em animais de produção, tornando as estratégias de controle mais eficazes.
Participaram da operação os médicos veterinários Felipe Volpato, Rafael Zardo, o técnico agrícola Alberto Ricardo Stefeni, e o médico veterinário e gestor do Departamento Regional de Caçador, Luís Felipe Sperry Bratti.
A Cidasc reforça a orientação aos produtores para manterem em dia a vacinação de seus animais, uma medida que não apenas protege o rebanho, mas também resguarda a saúde humana. Abaixo, apresentamos algumas orientações sobre a aplicação da vacina.
Um guia rápido sobre a vacina da raiva
A vacina anti-rábica deve ser aplicada anualmente nos animais domésticos e de criação. Vacine ovinos, bovinos, caprinos e equinos com mais de 90 dias de vida.
Quanto à vacinação de cães e gatos, consulte o médico veterinário.
Orientações para cada situação envolvendo animais de criação
Animal nunca foi vacinado contra raiva:
- Vacine;
- Dê uma dose de reforço em 30 dias;
- Faça nova dose de reforço em 180 dias;
- Revacine anualmente.
Animal foi vacinado alguma vez, mas não vinha recebendo o reforço anual:
- Vacine;
- Dê uma dose de reforço em 30 dias;
- Faça nova dose de reforço em 180 dias;
- Revacine anualmente.
Animal foi vacinado e recebeu dose de reforço há mais de 180 dias:
- Vacine agora;
- Revacine anualmente;
Animal foi vacinado e recebeu dose de reforço há menos de 180 dias:
- Aguarde o prazo para vacinar.
Atenção para a conservação da vacina, pois ela precisa de refrigeração. Tanto na hora de guardar quanto de transportar o produto para a propriedade, ela precisa ser mantida entre 2 °C e 8 °C.
Ela perde eficácia se guardada depois que o frasco é aberto, por isso o que resta no vidro aberto não pode ser guardado para o momento da aplicação do reforço.
Fique atento e lembre que a vacina da raiva deve ser reforçada anualmente.
Notifique à Cidasc sempre que aparecer sintomatologia nervosa nos animais e nunca manipule animais suspeitos, porque existe o risco de contágio através da saliva.