Pesquisadores italianos conhecem o cultivo da maçã na Epagri de Caçador. Dois técnicos agrícolas e uma pesquisadora estiveram esta semana em Santa Catarina para buscar informações sobre o cultivo, pois representam um consórcio de produtores daquele país, que estão preocupados com uma doença que começou a aparecer nos pomares europeus, a mancha de gala.
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O pesquisador Marcus Vinícius explica o objetivo da visita dos italianos. “Eles vieram para entender um pouco mais sobre uma doença na maçã com a qual já convivemos há muitos anos, que é a mancha de gala. O produtor de maçã sabe que é uma doença extremamente agressiva e de controle difícil. Nos últimos dois ou três anos essa doença começou a aparecer na Europa e isso preocupa os pesquisadores de lá. Então, nada melhor do que vir ao Brasil e a nossa região, para entender um pouco mais sobre isso”.
O pesquisador Cláudio Ogoshi comenta que os italianos possuem um desafio a mais na produção, pois na Europa os principais fungicidas para controlar a doença são proibidos. “A maçã gala requer muita pulverização, no entanto muitos dos nossos fungicidas que tem mais eficiência não são permitidos na Europa. Com isso fica mais difícil o controle de diversas doenças nos pomares, como a mancha da gala para a qual realizaram esta visita”.
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O trabalho no melhoramento genético
Na Estação Experimental de Caçador, a comitiva italiana pode conhecer também as cultivares desenvolvidas pelo programa de melhoramento genético da maçã gala, uma vez que são resistentes à mancha.
“Estamos lançando cultivares mutantes da maçã gala que são resistentes a doença da mancha. Isso é um ganho para quem já planta em grande volume. Também estamos criando cultivares híbridas de alta qualidade, para ser o futuro. Com isso temos um grande grau de conservação e aparência. Portanto atuamos nestas duas linhas para atender todo o mercado brasileiro e também uma parte do mundo”, ressalta o pesquisador Ivan Faoro.
Além dos pomares e laboratórios da Estação Experimental de Caçador, a comitiva italiana também visitou a Estação de São Joaquim, e pomares de grandes empresas produtoras de maçã situadas em Fraiburgo.
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