A Copercampos deu um passo significativo em sua trajetória de inovação e sustentabilidade. No início de setembro, a cooperativa recebeu a autorização do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) para iniciar as obras da primeira Indústria de Etanol do estado. A concessão da Licença Ambiental Prévia (LAP) e da Licença Ambiental de Instalação (LAI), marca o início do projeto de industrialização dos cereais produzidos na região Meio-Oeste de SC.
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Com a liberação das licenças, a Copercampos deve iniciar em breve as obras de terraplanagem e, em seguida, dará início à construção da planta industrial. Este empreendimento promete transformar o cenário da produção de etanol em Santa Catarina, oferecendo uma alternativa sustentável e inovadora para a geração de energia renovável.
Esta será a primeira indústria flex do Brasil, construída com os mais altos padrões de tecnologia e eficiência. Ela terá capacidade para transformar milho e trigo em etanol, além de produzir o subproduto DDGs (grãos secos de destilaria com solúveis), utilizado na fabricação de rações. Além disso, a planta gerará 15.000 MWh de energia por ano.
Para o diretor-presidente da Copercampos, Luiz Carlos Chiocca, a conquista das licenças ambientais representa um marco para o futuro sustentável do agronegócio. “A construção da nossa Indústria de Etanol não apenas impulsionará a produção de biocombustíveis em Santa Catarina, mas também reafirma nosso compromisso com a inovação e a sustentabilidade. Estamos entusiasmados em avançar com este projeto que trará um desenvolvimento ainda maior ao agronegócio em nossa região”, destacou Chiocca.
Saiba mais sobre o empreendimento
Os investimentos para a construção da primeira Indústria de Etanol de SC são superiores a R$ 200 milhões. O empreendimento terá capacidade de produzir 3,7 milhões de litros de etanol hidratado por ano e 32 milhões de litros de etanol anidro por ano.
A usina, que será construída em Campos Novos/SC, teve o projeto desenvolvido pela empresa Lindner Techno Systems e utilizará como matéria-prima para a produção do etanol, milho e trigo, nas porcentagens de 85 e 15, respectivamente de cada cereal. Esta será a primeira usina do estado e a primeira planta flex do Brasil, ou seja, utilizará dois cereais para produção de biocombustíveis.
Além da produção de biocombustíveis, a usina da Copercampos terá a produção do subproduto DDGs (sigla em inglês para grãos secos de destilaria com solúveis), usado na fabricação de rações, de 25 mil toneladas por ano. A produção de óleo deve ser superior a 1.500 toneladas por ano. Além disso, terá geração de energia de 15.000 MW/h por ano.
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Para esta capacidade de produção, serão utilizadas 250 ton/dia de cereais, mais de 87.000 toneladas/ano. “Fizemos estudos de viabilidade para construção e, com a parceria da Lindner, vamos construir essa usina para industrializarmos os cereais produzidos em nossa região. É um investimento pensando no desenvolvimento econômico da região, na valorização do nosso associado que produz cereais e na saúde financeira de nossa cooperativa”, ressalta o Diretor Presidente da Copercampos, Luiz Carlos Chiocca.
A usina vai consumir cerca de 30% do milho recebido pela cooperativa e produzirá o farelo proteico, DDGs, para ser utilizado na fabricação de ração, deste modo, o cereal é utilizado para produzir etanol da parte amilácea e concentra as proteínas, fibras e sais minerais neste coproduto com alto valor nutricional. O DDGs possui uma proteína acima de 30% em base seca.
A usina será construída na comunidade de Encruzilhada, em Campos Novos/SC, onde a cooperativa possui uma unidade de armazenagem que receberá a matéria-prima para industrialização. A partir do início das obras, a previsão é que a indústria entre em operação no final de 2026. Serão gerados mais de 100 empregos diretos com este novo negócio da Copercampos.
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