A situação na agricultura com o grande volume de chuva nos últimos meses, já está impactando o crescimento na produção. Chuvas comprometem safra de milho, soja e trigo na região Meio-Oeste. Fomos a campo saber a realidade dos produtores e saber o que esperar da safra:
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Os totais de chuva de outubro, por exemplo, superaram os 400mm em grande parte de SC, ficando acima de 500mm em uma ampla área do Extremo Oeste ao Meio-Oeste, Alto Vale do Itajaí e Planalto Norte.
Além disso, as chuvas prejudicaram, o solo, que ficou bastante encharcado dando espaço para erosões perdendo boa parte da produção, a impossibilidade de entrada de maquinário na lavoura e o aparecimento de doenças.
Contudo, com a expectativa que era de boa produção, as mudanças climáticas acompanhadas do fenômeno El Nino, influenciaram muito em toda as regiões do País, trazendo uma preocupação nas safras de 2023/2024.
Outro fator considerado, é o aumento da frequência de chuvas e tempestades fortes na região Sul, visto que pode causar problemas para a mecanização agrícola devido à inundação das áreas cultivadas.
Plantações de cana de açúcar, trigo e arroz também podem sofrer perdas devido a ventos fortes, que leva ao acamamento dessas culturas.
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Safra 2024 deve ser 2,8% menor que a deste ano
Safra de grãos 2023/2024 é estimada em 316,7 milhões de toneladas
O volume da produção brasileira de grãos deve atingir 316,7 milhões de toneladas na safra 2023/2024 com menos 4,7 milhões de toneladas ou 1,5% abaixo do registrado em 2022/23. Os dados foram divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
“O percentual de área semeada, atualmente, apresenta-se aquém do observado no mesmo período da safra anterior, devido, principalmente, ao excesso de chuvas nas Regiões Sul e Sudeste e às baixas precipitações no Centro-Oeste.”
O balanço aponta ainda um crescimento de 0,5% sobre a área cultivada, passando para 78,9 milhões de hectares. Além das culturas de primeira safra, cujo plantio se estende até dezembro, a área prevista abrange as culturas de segunda e terceira safras e as de inverno, ou seja, com plantios encerrando em junho.
Soja e milho
De acordo com o boletim, a soja deve atingir uma produção estimada em 162,4 milhões de toneladas – um crescimento de 2,8% na área a ser semeada, “o que ainda consolida o Brasil como o maior produtor mundial da oleaginosa”.
Quanto ao milho, houve redução de 5% na área total a ser cultivada, calculada em 21,1 milhões de hectares, com produção prevista de 119,1 milhões de toneladas.
Algodão
Ao mesmo tempo, para o algodão, é esperado um crescimento de 4,2% na área a ser semeada, em um total de 1,73 milhão de hectares, e produção de pluma em 3,04 milhões de toneladas.
Arroz e feijão
No caso do arroz, há expectativa de crescimento de 5,2% na área que está sendo semeada e produção de 10,8 milhões de toneladas. O mesmo vale para o feijão, com crescimento previsto de 3,3% na área total a ser semeada com as três safras, assim sendo estimada em 2,8 milhões de hectares, e com a produção total no país de 3,1 milhões de toneladas.
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