Saúde Mental no fim de ano: entenda os riscos e busque ajuda

Psiquiatra Cláudio Mallmann - Foto: Divulgação

O final do ano é uma época de confraternizações e reflexões, mas também de cobranças pessoais que podem gerar impactos emocionais significativos. De acordo com o médico psiquiatra Dr. Cláudio Mallmann, a combinação de reflexões sobre o ano que passou, frustrações com metas não alcançadas e a pressão de um novo ciclo pode intensificar sentimentos de ansiedade, tristeza e, em casos mais graves, resultar em episódios de depressão e até risco de suicídio.

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De acordo com Mallmann, essa época pode ser um gatilho para crises em pessoas com transtornos mentais subjacentes. “O fechamento de ciclos e o balanço do ano podem gerar angústia, principalmente para quem enfrenta dificuldades emocionais ou tem predisposição a transtornos de ansiedade e depressão”, explica.

Por que o final do ano afeta tanto a saúde mental?

O período é associado ao fechamento de metas, autoavaliações e, muitas vezes, a uma pressão interna para realizar o que foi planejado. “A sensação de não alcançar objetivos pode intensificar a ansiedade e a angústia”, afirma o especialista.

Além disso, o clima festivo pode contrastar com a realidade de quem enfrenta desafios, como luto, desemprego ou isolamento. Para alguns, a melancolia se transforma em tristeza profunda, exigindo atenção profissional.

Como identificar os sinais de alerta?

Sinais como isolamento, mudanças repentinas de humor e desinteresse pelas atividades diárias podem indicar a necessidade de apoio. O Dr. Mallmann alerta também para comportamentos aparentemente contraditórios, como falar sobre dificuldades graves com um sorriso.

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“Quando alguém que estava muito angustiado demonstra calma repentina, é essencial questionar e oferecer ajuda. Essa tranquilidade pode sinalizar a decisão de um ato extremo”, destaca.

Onde buscar ajuda?

É fundamental procurar atendimento especializado. Serviços de emergência, como o SAMU, podem ser acionados em casos de risco imediato. Além disso, psicólogos e psiquiatras estão preparados para orientar e tratar pessoas em sofrimento emocional.

Além disso, serviços como o CVV (Centro de Valorização da Vida) estão disponíveis pelo telefone 188, oferecendo escuta e suporte emocional de forma gratuita e sigilosa.

Como cuidar da Saúde Mental

É possível previnir episódios de sofrimento mental, depressão e casos de suicídio. Os sentimentos negativos comuns no final de ano podem ser enfrentados com medidas simples: