No quadro “Biografia” do sábado, 07/10/23, abordei a história do álbum Scoundrel Days, da banda norueguesa A-ha. Lançado em 6 de outubro de 1986, foi o segundo álbum da banda e também de maior sucesso, vendendo cerca de seis milhões de cópias em todo o mundo.
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Quem nunca ouviu “Hunting High and Low”? Ou, então, “Take on Me”? Pois é, esses são dois dos maiores clássicos dos garotos nórdicos, A-ha. Músicas quentes, de um disco fantástico, que alcançaram enorme sucesso. Já Scoundrel Days (embora lançado apenas um ano depois), apresenta a verdadeira essência da banda, sons maduros, produções não tão preocupadas em agradar o mainstream e muito mais personificado com o que eram seus integrantes naquele momento.
Manhattan Skyline é uma prova disso, a música começa despretensiosa, com o teclado acompanhando o vocal bem melancólico, mas logo após os 50 segundos vem uma virada fantástica (quem não está esperando, cai da cadeira), e assim a canção se transforma em uma das mais fabulosas desse disco.
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Já The Swing of Things é quase completamente eletrônica e é uma excelente opção para apresentar os anos 1980 para alguém que não esteja habituado com a cultura da época. Essa canção mostra muito do que ocorria nas casas de show e baladas do continente europeu em 1986.
Cry Wolf é a minha favorita e, com certeza, a mais conhecida desse estupendo disco. Na tradução do inglês, Cry Wolf, que é uma expressão, quer dizer “pessoa que chora à toa”, “aquele que conta muitas mentiras, quando fala a verdade, ninguém acredita”, “pessoa dramática”. De forma metafórica a canção conta essas histórias e, assim, se transformou em um dos maiores singles da década.
Uma grande curiosidade é que o álbum foi concebido em duas partes, uma durante a turnê do primeiro disco da banda, que são basicamente as cinco primeiras músicas do disco. Já as restantes foram compostas, produzidas e gravadas na Austrália, após o fim da turnê. E essa divisão fica bem clara para ouvidos atentos que percebem a transição de canções bem trabalhadas, para outras mais apressadas.
A capa do disco, assim como a música The Swing of Things, ilustra muito bem a década de 1980. Uma paisagem em tom esverdeado, com as nuvens próximas ao solo, uma foto da banda do lado superior direito com a imagem do vocalista em primeiro plano e dos outros membros logo em seguida. O nome da banda e do disco estão escritas de forma discursiva. Tudo bem ao estilo disco de vinil.
A banda caracterizou-se por tocar um estilo chamado Synth Pop, aquele cheio de teclados, bem ao estilo dos anos 1980. E quem gosta de A-ha, gosta de verdade, e com razão, pois é um pop rock muito do bem feitinho. Realmente a banda foi uma brisa de vento fresco naquela conturbada década onde bandas como Mötley Crüe, Guns n’ Roses, Skid Row, Poison e WASP pareciam dominar a cena com seus belos cabelos longos e guitarras “barulhentas”.
Resenha do álbum Scoundrel Days, da banda norueguesa A-ha – por Gionei “Pollenta” Cambruzzi Fhynbeen, Jornalista, Locutor e Produtor da Rádio 92 FM de Caçador. Apresentador do Programa 92 In Rock que vai ao ar todos os sábados das 18h às 20h na emissora.