No domingo, dia 17, o álbum Use Your Illusion, do Guns N’ Roses, completou 32 anos de lançamento. Os dois (I e II) juntos contemplam 30 canções, dentre elas algumas das mais famosas da banda como Civil War, Yesterdays, Don’t Cry, e November Rain. Esse foi o álbum abordado na biografia do álbum de aniversário no 92 In Rock que vai ao ar todos os sábados das 18h às 20h.
Use Your Illusion é o terceiro álbum de estúdio do Guns, sendo o segundo mais vendido da banda, vendeu mais de 18 milhões de cópias no mundo todo, sendo certificado sete vezes como disco de platina.
Fora as músicas que apresentam o grande amadurecimento da banda o que mais chama atenção são as capas dos discos, elas são uma representação da obra “A escola de Atenas” do pintor renascentista italiano, Raphael. Elas foram feitas por Marcos Kostabi, artista estoniano, uma em tons de amarelo e vermelho e a outro em tons de roxo e azul.
Civil War gerou, realmente, uma guerra interna na banda. Steven Adler (baterista) andava tão enfiado nas drogas que foi demitido. É certo que todos os integrantes viviam chapados e raramente sóbrios, porém, Adler passou a comprometer o bom andamento da banda. Em alguns momentos, durante shows, os roadies precisaram assumir as baquetas, pois Adler não tinha condições de manter sua performance. O caso foi tão grave que causou a demissão do baterista. Civil War foi a sua última canção como baterista da banda. Para o seu lugar foi contratado Matt Sorum.
Vários fatos curiosos aconteceram durante a gravação dos dois discos, alguns inocentes como a música “Estranged” ser a segunda mais longa do Guns, outros não tão inocentes como Izzy estar tão chapado de heroína que chegou a construir um Sitar com um prato, um cabo de vassoura e cordas durante a gravação de “Pretty Tied Up”. Axl, com certeza, não era o mais puro e disse ter escrito “My World” em três horas enquanto estava sob efeito de drogas ilícitas. A Mesma canção foi gravada enquanto toda a banda estava sob efeito de cogumelos. Bad Obsession chega a soar irónica quando lembramos que ela fala sobre livrar-se do vício em drogas.
Guns N’ Roses carrega consigo inúmeros adoradores e “odiadores”, mas nenhum pode negar a sua importância na história do rock e o quão bem fizeram ao resgatar muitos jovens que já não se identificavam mais com o gênero. Uma gigante banda que retornou às atividades e que até hoje é conhecida como “a banda mais perigosa do Rock n’ Roll”. Long live Guns N’ Roses.
Por: Gionei “Pollenta” Cambruzzi Fhynbeen, Jornalista, Locutor e Produtor da Rádio 92 FM de Caçador. Apresentador do Programa 92 In Rock que vai ao ar todos os sábados das 18h às 20h na emissora.