O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, confirmou 21 mortes pela passagem do ciclone extratropical que atingiu o estado na segunda-feira (4). Desse total, 15 óbitos ocorreram apenas na cidade de Muçum, na região central do estado. Segundo o governador, é o maior volume de mortes em evento climático no estado.
De acordo com a Defesa Civil estadual, o Corpo de Bombeiros encontrou 15 corpos ao vistoriar uma casa nesta terça-feira (5). Outras seis mortes foram confirmadas entre segunda (4) e esta terça, em cidades do Norte do RS.
Passagem do ciclone no RS
21 mortos;
3.084 desalojados;
1.650 desabrigados;
67 cidades afetadas.
Mais de 85% da cidade de Muçum foi atingida pelas águas. Em razão do nível do rio que abrange a região, moradores precisaram ser resgatados em cima de telhados e forros das casas. O nível da água atingiu o centro da cidade, alagando residências, escolas, estabelecimentos comerciais e hospitais.
Por questões de segurança, a energia elétrica do município foi cortada. De acordo com a prefeitura, também não há sinal de telefone. O município possui quatro acessos por estradas e todos estão interditados.
Resgate com cinco aeronaves
Segundo informações da Defesa Civil estadual, na tarde desta terça-feira (5) cinco aeronaves realizavam resgates no Vale do Taquari. Muçum, Roca Sales, Lajeado, Cruzeiro do Sul ainda tem pessoas em situação de risco para salvamento.
Com as águas baixando, a entidade acredita que pode ter mais vítimas fatais confirmadas nas próximas horas.
Há preocupação com o retorno da chuva na quinta-feira, já que o solo segue úmido. E tem risco de novos deslizamentos de terra, diz a Defesa Civil.
No sistema da Defesa Civil, até a tarde desta terça, estavam cadastradas 16 pessoas que não foram encontradas pelos parentes. Essa confirmação só é feita com a equipe chegando no local, e esse trabalho está sendo feito ao longo do dia, explica o órgão.