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Defesa Civil confirma que temporal que causou morte no Oeste foi um tornado, e não uma microexplosão

Defesa Civil confirma que temporal que causou morte no Oeste foi um tornado, e não uma microexplosão

Foto: Divulgação/Defesa Civil/ND

Na tarde da última sexta-feira (9), o município de Palmitos, situado no Oeste catarinense, foi fortemente impactado por intensas tempestades que avançaram rapidamente pela região. Por volta das 14h, um tornado se formou e causou sérios danos à cidade, incluindo destelhamentos, queda de árvores, interrupção no fornecimento de energia elétrica e destruição em áreas rurais e urbanas. A Defesa Civil confirmou a ocorrência do fenômeno após analisar imagens de radar meteorológico e registros feitos com drones.

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A formação do tornado ocorreu dentro de uma extensa linha de instabilidade que atravessou o estado ao longo do dia, impulsionada pelo avanço de uma frente fria já prevista nos alertas meteorológicos.

Essa frente atingiu inicialmente o Oeste de Santa Catarina e o norte do Rio Grande do Sul, seguindo rumo ao restante do território catarinense ao longo da tarde e noite.

Segundo os especialistas da Defesa Civil, o radar meteorológico foi crucial para identificar sinais característicos de uma supercélula — o tipo de tempestade mais associado a tornados.

As imagens revelaram áreas de alta refletividade, indicativas de tempestades intensas, além de um padrão de vento em rotação conhecido como dipolo, reforçando a presença de um sistema tornádico.

Além disso, a inspeção feita pela Coordenadoria Regional da Defesa Civil no local reforçou essa análise. Árvores torcidas em várias direções, danos distribuídos de forma aleatória e rastros claros de destruição alinham-se com o padrão típico de tornados, diferenciando-se dos danos provocados por microexplosões ou frentes de rajada, que seguem uma direção mais uniforme.

Em paralelo, a cidade de Itapiranga, também no Extremo Oeste, foi uma das primeiras a ser atingida pela mesma linha de instabilidade.

Inicialmente, acreditava-se que os estragos no município pudessem ter sido causados por uma microexplosão. No entanto, após uma avaliação técnica, a Defesa Civil descartou essa possibilidade.

Os danos, como a queda de árvores em uma única direção, foram atribuídos à atuação de uma frente de rajada — ventos fortes que descem das nuvens e se espalham horizontalmente ao alcançar o solo.

Diante da gravidade da situação, a prefeitura de Palmitos decretou situação de emergência no sábado (10). O evento climático deixou ao menos 50 residências danificadas, desalojou 65 pessoas e causou prejuízos significativos à infraestrutura da cidade. Infelizmente, também foi registrada uma morte.

A administração municipal solicitou apoio estadual e federal para garantir o abastecimento de itens essenciais, alojamento temporário e condições mínimas de segurança e dignidade às famílias afetadas.

Os dados enviados pelas equipes técnicas servirão de base para ações emergenciais e para acelerar o repasse de recursos destinados à recuperação da cidade.

Enquanto isso, a Defesa Civil mantém o alerta em todo o estado, já que novas instabilidades podem ocorrer nos próximos dias.

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