A sexta-feira 13 é uma data que provoca medo e superstição em várias culturas ao redor do mundo. Sua fama como dia de azar tem fundamentos profundos na história, na religião e na cultura popular. Para entender essa superstição, precisamos analisar suas origens com cuidado.
PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS
A cultura pop, sem dúvida, intensificou o estigma negativo dessa data, especialmente por meio de livros, filmes e narrativas que exploram o medo e o mistério.
A famosa franquia de terror “Sexta-Feira 13” é um exemplo claro, ajudando a manter viva essa crença até hoje. No entanto, suas raízes são muito mais antigas.
Na tradição cristã, a sexta-feira sempre foi associada a eventos trágicos.
Veja também
Inscrições para o 13º Festival Caçanjurê da Canção encerram hoje
Santa Catarina decreta emergência por superlotação dos leitos de UTI
Segundo a Bíblia, Jesus Cristo foi crucificado numa sexta-feira — o que originou a Sexta-feira Santa, antecedendo a Páscoa.
Na Idade Média, essa mesma sexta-feira ganhou má fama por ser dia de execuções e punições severas, reforçando a ideia negativa da data.
Dia 13
Já o número 13 é visto como azarado em diversas culturas.
Ele quebra a sensação de ordem e completude simbolizada pelo número 12, que aparece frequentemente — como nos 12 meses, 12 signos do zodíaco e 12 apóstolos.
No cristianismo, o número também é associado a Última Ceia. Na mesa estavam 13 pessoas, e Judas, o traidor, foi o 13º a sentar-se, o que fortaleceu a ligação do 13 ao azar.
Um evento histórico marcante ocorreu em 13 de outubro de 1307, uma sexta-feira, quando o rei Filipe IV da França prendeu os Cavaleiros Templários. Essa ordem militar e religiosa, rica e influente, foi acusada injustamente de heresia para que o rei pudesse tomar suas propriedades.
A prisão em massa e a perseguição aos templários ajudaram a consolidar a má fama da sexta-feira 13.
Terça-feira 13
Nem todas as culturas associam a sexta-feira 13 ao azar. Na Espanha e em países latino-americanos, o dia tem menos estigma, e a superstição se concentra na terça-feira 13.
Essa terça-feira é ligada a Marte, deus romano da guerra, símbolo de conflito e destruição. Além disso, a queda de Constantinopla, em 29 de maio de 1453, uma terça-feira, aumentou a má fama desse dia.