No mês de janeiro foi sancionada em território nacional a lei que limita o uso de aparelhos celulares em escolas públicas e privadas em todo o Brasil. A medida abrange alunos da educação básica, incluindo pré-escola, ensino fundamental e médio, e visa restringir o uso de smartphones durante as aulas, recreios e intervalos.
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O assunto ganhou mais notoriedade ainda com o retorno das aulas em fevereiro. Em Caçador os reflexos da lei são positivos na opinião de educadores, já que os jovens estão mais focados nas tarefas educacionais, e até mesmo mantendo mais diálogo entre eles sem a presença dos telefones.
A professora de Língua Portuguesa da Escola Estadual Dante Mosconi, Saimara Nunes, comenta que já no primeiro dia de aula da rede estadual, os alunos foram orientados a não levar os aparelhos celulares para a escola pois estava proibida a utilização. O comunicado previa que se o aluno fosse visto utilizando o celular seja em sala de aula ou em áreas comuns da instituição, o aparelho seria retido pela direção e os pais teriam que ir até a escola para fazer a retirada.
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“A medida não é para ser um castigo, mas sim uma forma para que os alunos entendam e respeitem a lei. Percebemos que os alunos estão mais focados com a ausência dos celulares. Sou a favor da lei pois não concordo com a utilização de celulares em sala de aula, nem como instrumento de aprendizagem, pois em sala de aula temos outros instrumentos para ensinar, como os livros didáticos e o próprio professor que está ali para tirar dúvidas o tempo todo. Percebe-se neste período que eles (alunos) estão mais focados e participando mais das aulas. Também estão fazendo mais amizades, pois sem o celular os intervalos estão sendo momentos para eles socializarem, e isso é necessário para viver o presente”, declarou a professora.
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O secretário municipal de Educação, Manoel Paiva, ressalta que a lei traz muitos ganhos para o estudante, como o foco, desempenho escolar, habilidades sociais humanas e a redução do cyberbulling.
“Não se trata de uma proibição somente por proibir, mas sim olhar o estudante como um ser de direitos, e garantir estes direitos. A escola é o lugar da aprendizagem, da cidadania e da garantia dos direitos. Ofertamos isso para os nossos alunos por lei, pois a Constituição diz que a escola deve preparar o indivíduo para o exercício da cidadania. O uso do aparelho celular na escola retira o foco, não traz desempenho escolar, não agrega na aprendizagem e muitos menos nas habilidades sociais, pois esse é o momento das crianças e adolescentes estarem interagindo com os colegas, brincar e dialogar. Sabemos também dos vários casos no Brasil de cyberbulling, devido ao uso do celular nas escolas para tirar fotos, fazer vídeos e causar constrangimentos. Portanto, essa nova legislação é importante e vem ao encontro de uma necessidade do próprio estudante, e não somente da escola. O estudante conseguirá se perceber com um cidadão de direitos e principalmente terá sua saúde mental preservada, com foco nos estudos e sociabilidade”, declarou o secretário.
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