O Ministério Público Federal (MPF) solicitou à Justiça Federal do Distrito Federal a suspensão imediata do CNU 2025, também chamado de “Enem dos Concursos”, cujo edital foi divulgado na última segunda-feira (30). A ação judicial argumenta que o edital foi lançado sem corrigir “falhas estruturais” já apontadas em uma ação civil pública proposta em 25 de julho contra a Fundação Cesgranrio e a União.
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O MPF destaca que o novo edital não implementa medidas eficazes para garantir o cumprimento das cotas raciais.
Segundo o órgão, “o novo edital mantém uma série de problemas já registrados na primeira edição do CNU, em 2024. Há previsão para sorteio de vagas para aplicação proporcional das cotas raciais nos casos em que o número de vagas ofertadas for inferior ao mínimo legal, sem transparência quanto aos critérios adotados nem mecanismos de controle externo” .
Em 2024, o MPF recebeu diversas denúncias contra o “Enem dos Concursos”, principalmente por falhas no processo de heteroidentificação, falta de transparência e dificuldade no acesso a recursos administrativos.
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O CNU 2025 oferece 3.652 vagas em 32 órgãos públicos federais. As inscrições começaram nesta quarta-feira (2), com taxa única de R$ 70, e isenção prevista para candidatos que participam do CadÚnico, doam medula ou são beneficiários do FIES ou ProUni.
As provas acontecerão em duas fases: a primeira em outubro e a segunda em dezembro, em várias cidades do Brasil. O resultado final será divulgado em janeiro de 2026.
Os salários oferecidos variam de R$ 4.787,59, para cargos como técnico em enfermagem ou radiologia, até R$ 17.726,42 para especialistas da ANP, como geólogos, geofísicos e reguladores do setor de petróleo e gás.