Uma pesquisa publicada na renomada revista Nature revelou que cerca de 10% dos novos casos de diabetes tipo 2 estão diretamente ligados ao consumo de bebidas adoçadas, como refrigerantes, sucos de caixinha e energéticos. O estudo, que analisou dados globais de 2020, apontou que o consumo frequente dessas bebidas pode causar resistência à insulina, um fator principal no desenvolvimento do diabetes tipo 2.
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Especialistas explicam que as bebidas açucaradas são digeridas rapidamente, levando a um pico nos níveis de açúcar no sangue.
Com o tempo, esse consumo excessivo pode causar ganho de peso, resistência à insulina e uma série de problemas metabólicos, incluindo doenças cardíacas.
A pesquisa revelou dados alarmantes:
- 2,2 milhões de novos casos de diabetes tipo 2 estão relacionados às bebidas adoçadas, representando 9,8% dos casos globais.
- 1,2 milhão de novos casos de doenças cardiovasculares no mundo também têm relação com o consumo dessas bebidas.
- O consumo de bebidas açucaradas é responsável por cerca de 340 mil mortes anuais em todo o mundo.
Essas doenças estão entre as principais causas de morte globalmente.
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O estudo indicou ainda um aumento nas mortes anuais, que subiram de 184 mil em 2015 para 340 mil em 2020, um aumento de mais de 150 mil mortes por ano.
No Brasil
Os índices mais altos de novos casos estão na África Subsaariana e na América Latina, incluindo o Brasil, onde o consumo de bebidas açucaradas está associado a 24% dos novos casos de diabetes e 11% dos casos de doenças cardiovasculares.
No Brasil, as doenças cardíacas e a diabetes estão entre as principais causas de morte. Entre 2010 e 2021, mais de 750 mil pessoas morreram de diabetes.
Embora o estudo seja robusto, os especialistas alertam para limitações, pois é uma pesquisa observacional que não estabelece uma conexão definitiva entre o consumo de refrigerantes e as doenças.
No entanto, o estudo destaca que políticas públicas, como a imposição de impostos sobre bebidas açucaradas, podem ajudar a reduzir esses índices.
No México, por exemplo, um imposto mais alto sobre esses produtos desde 2014 resultou em uma diminuição nos casos e mortes relacionados.
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