Com o compromisso de levar acolhimento, dignidade e esperança a gestantes em situação de vulnerabilidade social, o Colégio Santos Anjos realizou mais uma edição do projeto Banheira Solidária, iniciativa tradicional que mobiliza alunos, famílias, professores e colaboradores.
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Na tarde desta quarta-feira (3), ocorreu a entrega das dez banheiras que integram os kits destinados às mamães acompanhadas pelo projeto Mãe Caçadorense.
A campanha de arrecadação, realizada entre os dias 12 e 25 de novembro, convidou a comunidade escolar a doar banheiras, itens de higiene e peças de enxoval, mantendo viva uma prática centenária que faz parte da identidade da Congregação das Irmãs Santos Anjos.
Segundo a Irmã Geanne Silva, essa é uma tradição carregada de significado: “Madre Maria São Miguel confeccionava as roupinhas com as alunas e entregava o enxoval a uma gestante carente. Quando as irmãs vieram para o Brasil, trouxeram também esse gesto de amor, que existe há mais de 100 anos”.
Em Caçador, o projeto foi retomado há três anos e adaptado à realidade atual, sem perder sua essência.
Durante o evento, a assistente social Adriane Alves da Cruz destacou o papel da parceria com o Mãe Caçadorense, responsável por identificar as gestantes em maior vulnerabilidade social.
“Começamos a campanha aproximadamente um mês atrás, mobilizando os alunos e suas famílias. Hoje, graças a esse engajamento, dez banheiras completas foram montadas e serão entregues às mães que realmente precisam. São mulheres encaminhadas pelo programa, que faz o acompanhamento pré-natal e identifica aquelas para quem esse kit fará diferença real no início da maternidade”, explicou Adriane.
A dimensão humana do projeto ficou ainda mais evidente nos depoimentos das mães beneficiadas. Entre elas estava Edilene Pereira, que viveu uma gestação marcada por surpresas, desafios e emoções intensas. Ela descobriu que estava grávida apenas aos oito meses, durante um exame motivado por mal-estar.
“Foi um susto. Eu não sabia que estava grávida, não tinha feito pré-natal. Fui encaminhada para Curitiba por ser uma gestação de risco, e aí o Mãe Caçadorense me acolheu. Hoje estou muito feliz com esses presentes que vocês me deram, é um afeto de amor e carinho”, relatou emocionada.
Com a cesárea marcada para o próximo sábado, dia 06 de novembro, Edilene descreveu a doação como “um presentão de Natal”, especialmente significativo diante da corrida contra o tempo para preparar a chegada da bebê. “Tenho uma menina de cinco anos, ela está muito ansiosa. Toda hora pergunta: ‘vamos lá buscar o nenê?’. Agora está tudo mais tranquilo”.

