Até o momento, 16% da população brasileira tomou a vacina bivalente, que protege contra variantes da Covid-19, segundo dados do Ministério da Saúde. O estado com maior índice de vacinação com esse tipo de imunizante é São Paulo (21,6%), seguido pelo Distrito Federal (20,8%).
A ampliação de uso das vacinas bivalentes para toda a população acima de 18 anos foi feita pelo Ministério da Saúde em 24 de abril. De acordo com informações da pasta, esse tipo de imunizante confere maior proteção contra a doença, porque contém uma mistura de cepas do vírus Sars-CoV-2.
Quais são as vacinas bivalentes disponíveis no Brasil?
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu registro definitivo para duas vacinas bivalentes no Brasil.
Comirnaty, fabricada pela Pfizer
Spikevax, fabricada pela Moderna e comercializada pela Adium S.A. no Brasil.
A Comirnaty foi a primeira vacina bivalente a ser utilizada no país, após ter aprovação para uso emergencial. O registro definitivo foi concedido pela Anvisa no último dia 24.
Segundo a agência, o imunizante pode ser utilizado por pessoas a partir de 5 anos de idade. A indicação é de que seja utilizada como dose de reforço para aqueles que já se vacinaram contra a Covid (com uma ou mais doses). Vale lembrar que a aplicação só deve ser feita após, pelo menos, três meses desde a última dose.
Já o registro da Spikevax foi aprovado em 26 de junho, com indicação para indivíduos a partir de 6 anos de idade. Assim como a Comirnaty, a recomendação é de que o imunizante fabricado pela Moderna seja usado como dose de reforço.
Ambas as vacinas são constituídas pela cepa original do coronavírus, detectada pela primeira vez em Wuhan, na China, e por uma variante mais recente, a Ômicron.
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Por que receber a vacina bivalente contra Covid?
Conforme avança o cronograma do Programa Nacional de Imunizações contra a Covid-19, mais dúvidas surgem sobre o porquê de continuar recebendo doses de reforço para a doença.
Os especialistas explicam que os imunizantes precisam ser atualizados, porque, naturalmente, os vírus sofrem mutação — que levam ao surgimento de novas cepas.
Recentemente, as autoridades confirmaram a presença de mais uma subvariante do coronavírus no país: a EG.5, apelidada como “Éris”, e uma linhagem da Ômicron.
Mesmo ciente de que novas mutações devem surgir, a recomendação é de que as pessoas se vacinem com o imunizante mais recente disponível, seguindo as indicações da Anvisa e do Ministério da Saúde.
“As vacinas, mesmo essas bivalentes que nós temos no Brasil, que foram para a Ômicron, elas dão proteção contra as formas graves, inclusive dessas variantes”, explicou a infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Raquel Stucchi.
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