O Censo Demográfico 2022 do IBGE trouxe pela primeira vez dados oficiais sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Brasil. Segundo os dados divulgados, 2,4 milhões de brasileiros declararam ter recebido diagnóstico de autismo por um profissional de saúde, representando 1,2% da população nacional.
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A maior prevalência foi observada entre os homens, com 1,4 milhão de casos (1,5% da população masculina), enquanto entre as mulheres, o percentual foi de 0,9%, equivalente a 1 milhão de pessoas.
A faixa etária com maior concentração de diagnósticos é a de 5 a 9 anos, com 264 mil meninos (3,8% da população masculina) e 86 mil meninas (1,3% da população feminina).
Nos grupos etários de 50 a 54 e 60 a 69 anos, as mulheres apresentaram prevalências ligeiramente superiores às dos homens, com diferença de 0,1 ponto percentual.
Por estado
Em termos absolutos, o estado de São Paulo lidera com 548 mil pessoas diagnosticadas com autismo, seguido por Minas Gerais (229 mil), Rio de Janeiro (215 mil) e Bahia (145 mil).
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Santa Catarina está na nono lugar no ranking nacional com mais de 91 mil pessoas disgnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Em termos proporcionais, os estados do Acre (1,6%) e Amapá (1,5%) têm os maiores percentuais de moradores diagnosticados.
Raças
O levantamento também revelou que o diagnóstico é mais frequente entre pessoas que se declararam brancas (1,3%), o equivalente a 1,1 milhão de brasileiros.
Entre as pessoas amarelas, 1,2% possuem diagnóstico de autismo, o que corresponde a 10,3 mil pessoas.
Cerca de 221,7 mil pessoas pretas e 1,1 milhão de pessoas pardas possuem TEA, número que representa 1,1% de cada uma dessas populações.
A menor prevalência está entre os indígenas (0,9%), grupo que teve 11,4 mil pessoas diagnosticadas.
Nível educacional
No âmbito educacional, o Censo também detalhou a presença de pessoas com autismo na escola. Em 2022, a maior parte dos estudantes com diagnóstico declarado de autismo estava concentrada na faixa etária de 6 a 14 anos.
Nessa etapa da educação básica, 70,4% dos meninos e 54,6% das meninas com o diagnóstico frequentavam a escola.
Entre os estudantes em geral, esse grupo etário representava 55,4% dos homens e 51,3% das mulheres, indicando uma concentração proporcionalmente maior de alunos autistas nessa fase da vida escolar.
Em termos de escolaridade, quase metade (46,1%) dos adultos com 25 anos ou mais com TEA declarou ser sem instrução ou ter o ensino fundamental incompleto.
Na população geral, esse percentual foi de 35,2%. Enquanto 18,4% da população brasileira concluiu o ensino superior, o percentual entre autistas é de 15,7%.
Esses dados representam um avanço significativo para orientar políticas públicas voltadas à população com Transtorno do Espectro Autista, conforme destacado pelo IBGE.
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