O câncer de próstata atinge cerca de 1,7 mil homens em Santa Catarina anualmente, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). No estado, é o tipo de câncer mais comum entre os homens, com uma taxa de 45,6 casos para cada 100 mil habitantes, número inferior à média nacional de 67,8 casos para cada 100 mil habitantes.
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Em nível nacional, o câncer de próstata representa 30% dos casos de câncer diagnosticados em homens, totalizando 71.730 registros em 2023. Esse cenário destaca a importância de exames preventivos, especialmente durante o “Novembro Azul”, mês dedicado à conscientização sobre a doença.
Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) revelou que apenas 32% dos homens com mais de 40 anos demonstram preocupação com a própria saúde. Além disso, 46% só procuram ajuda médica ao sentirem sintomas. Esse percentual aumenta para 58% entre homens que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS).
Ainda assim, metade dos homens entrevistados relataram sentir medo ou ansiedade em relação a questões de saúde.
Em um levantamento feito pelo Laboratório Santa Luzia/Dasa, localizado na Grande Florianópolis, apenas 40% dos exames realizados nas mais de 30 unidades são de pacientes homens.
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A patologista Annelise Wengerkievicz Lopes reforça a importância dos exames de rotina após os 40 anos, destacando a relevância do monitoramento cardiovascular e da prevenção ao câncer de próstata a partir dessa idade.
“Os exames de rotina devem fazer parte da vida do homem em todas as fases, mas, a partir dos 40 anos, a saúde cardiovascular e a prevenção ao câncer de próstata ganham maior relevância”, comenta Lopes.
A partir dos 45 anos, exames preventivos se tornam indispensáveis, incluindo avaliações para câncer de próstata e intestino. Segundo Lopes, a detecção precoce é essencial para o sucesso do tratamento.
“Com exames de rotina, é possível identificar doenças precocemente, facilitando o tratamento e aumentando as chances de cura”, explica a médica.
Fatores de risco e diagnóstico
O Ministério da Saúde aponta a idade avançada como o principal fator de risco para o câncer de próstata, afetando principalmente homens com mais de 60 anos, ou aqueles com histórico familiar de câncer antes dessa idade, além de pessoas obesas.
Para o diagnóstico do câncer de próstata, os exames recomendados são o PSA e o toque retal. O PSA mede o nível do antígeno prostático específico no sangue, enquanto o toque retal avalia o tamanho, volume e textura da próstata.
Ambos são fundamentais para identificar sinais precoces e garantir intervenções rápidas quando necessário.
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