Após o procedimento realizado no apresentador Fausto Silva, o Faustão, as questões envolvendo o funcionamento da fila para transplante ganhou destaque na sociedade. Muitos passaram a supor que o apresentador teria furado a fila em decorrência do seu poder aquisitivo.
No início da noite de domingo, poucas horas após o procedimento, o Ministério da Saúde divulgou um “fio” na rede social X, onde explicou como funciona a fila.
Desde a promulgação da Constituição Federal em 1988, o Sistema único de Saúde, o SUS, atende a toda a população brasileira. É de responsabilidade dele a organização, cuidado e integração da fila de trasplante de órgãos.
Em todo o País, o SUS organiza uma única fila para o procedimento, inclusive o de coração. Nela estão inclusos todos os brasileiros que necessitam do procedimento, inclusive Faustão, até a tarde de domingo.
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O Ministério da Saúde afirmou no post que, “Toda a estrutura é gerenciada pelo Ministério da Saúde, que assegura que cirurgias de alta complexidade sejam realizadas para pacientes da rede pública e privada, em situação de igualdade”. Sendo assim, tanto Faustão, quanto outro brasileiro da rede pública possuem direitos iguais dentro do processo para receber o órgão.
Dentro deste processo existem critérios técnicos para definir possíveis empates, definindo quem receberá primeiro o órgão. Segundo a pasta, entre eles estão, tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, entre outros.
Quando os critérios técnicos são semelhantes, a ordem cronológica de cadastro, ou seja, a ordem de chegada, funciona como critério de desempate. Pacientes em estado crítico são atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica.
O caso de Fausto Silva enquadrou-se no critério de estado critico. O apresentador recebeu o órgão, após constatar a gravidade do seu estado e a compatibilidade necessária para o procedimento.
Ainda conforme as informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, somente entre 19 e 26 de agosto, foram realizados 11 transplantes de coração no país. Sendo sete no estado de São Paulo, unidade da federação com maior volume de transplantes. Já no primeiro semestre de 2023, foram realizados 206 transplantes de coração no Brasil, representando um aumento de 16%, em relação ao mesmo período de 2022.