O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) abriu uma investigação para apurar um erro grave no Hospital Santa Cruz de Canoinhas, no Norte do Estado. No dia 11 de julho, 11 recém-nascidos receberam, por engano, soro antiofídico — usado contra veneno de cobra — em vez da vacina contra hepatite B.
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O procedimento foi instaurado de ofício pela 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Canoinhas. O promotor Leonardo Lorenzzon requisitou esclarecimentos por parte do hospital, da Prefeitura de Canoinhas e da Gerência Regional de Saúde, com prazo de 10 dias para resposta.
A investigação do MPSC busca entender como os medicamentos estavam armazenados, quem são os profissionais envolvidos e quais providências foram adotadas para preservar a saúde dos bebês. Também será avaliada a eventual omissão de fiscalização da gestão pública sobre os serviços prestados.
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“A intenção é reunir elementos que permitam a evolução do caso para inquérito civil ou adoção de medidas judiciais cabíveis”, explicou o promotor Lorenzzon.
Manifestações oficiais
A diretora do Hospital Santa Cruz, Karin Adur, confirmou que representantes da unidade prestaram esclarecimentos ao MP nesta quarta-feira (16). “Assumiremos a administração equivocada e aguardaremos a Justiça, reforçando que, até o momento, trata-se de um incidente sem danos — e assim esperamos que permaneça”, afirmou.
A Prefeitura de Canoinhas também se manifestou em nota, cobrando transparência total: “A população merece explicações claras, concretas e responsáveis sobre o que ocorreu no hospital”.
Acompanhamento e efeitos
Segundo o Instituto Butantan, fabricante da vacina e do soro, o antiofídico possui baixo índice de contraindicações, mas é de uso específico. A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC) acompanha o caso e orientou que os bebês fiquem em observação por até 30 dias. Até agora, não há registro de reações adversas graves.
O erro teria sido provocado pela semelhança entre os frascos da vacina contra hepatite B e do soro antiofídico, segundo informações preliminares.
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