Uma nova linhagem do Covid-19, o vírus Sars-CoV-2, conhecida como XEC, foi identificada em Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. Pertencente à variante Omicron, a linhagem vem se espalhando pelo mundo e chamou atenção das autoridades de saúde.
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O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foi o primeiro a detectar a linhagem em amostras de dois pacientes do Rio de Janeiro. Esses indivíduos foram diagnosticados com Covid-19 em setembro. Após a descoberta, o Ministério da Saúde foi notificado, e as sequências genéticas foram depositadas na plataforma online Gisaid.
A linhagem XEC também foi identificada em duas amostras em Santa Catarina, coletadas em setembro.
No cenário internacional, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a XEC como uma variante em monitoramento em 24 de setembro.
Essa classificação indica que a linhagem apresenta mutações que podem afetar o comportamento do vírus.
Vírus Sars-CoV-2 – XEC
A XEC começou a ser detectada em maior número na Alemanha entre junho e julho deste ano.
Desde então, a cepa se espalhou rapidamente pela Europa, Américas, Ásia e Oceania.
Atualmente, pelo menos 35 países já identificaram a variante, que soma mais de 2,4 mil sequências genéticas na plataforma Gisaid até 10 de outubro.
A pesquisadora Paola Resende, do IOC, explicou que dados internacionais sugerem que a cepa pode ser mais transmissível.
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No entanto, seu comportamento no Brasil ainda precisa ser monitorado. “A memória imunológica da população é diferente em cada país”, afirmou Paola.
Além disso, a linhagem XEC surgiu da recombinação genética entre cepas que circulavam anteriormente. Isso ocorre quando um indivíduo é infectado por duas linhagens simultaneamente. Durante a replicação viral, pode haver mistura dos genomas.
O genoma da XEC contém trechos das linhagens KS.1.1 e KP.3.3, além de mutações adicionais que podem conferir vantagens para a sua disseminação.
Santa Catarina
Em Santa Catarina, conforme o boletim da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), foram registrados 1.032 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 até 5 de outubro.
O estado também contabilizou 118 óbitos neste período.
As autoridades de saúde continuam a monitorar a situação, reforçando a importância da vigilância e do acompanhamento das novas variantes.
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