Foto: Divulgação
A Federação Internacional de Diabetes (IDF) anunciou oficialmente, nesta semana, o reconhecimento de uma nova forma da doença: o diabetes tipo 5. Essa nova classificação corresponde à condição anteriormente chamada de “diabetes relacionado à desnutrição”, frequentemente diagnosticada em jovens adultos magros que vivem em países de baixa e média renda.
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A proposta de reclassificação surgiu após anos de estudos conduzidos por especialistas em diversas partes do mundo.
Os pesquisadores defendiam que esse tipo de diabetes apresentava mecanismos distintos em comparação aos tipos 1 e 2 já reconhecidos.
Em janeiro deste ano, os cientistas apresentaram as evidências à IDF e à Associação Americana de Diabetes, destacando a urgência em dar visibilidade à condição.
Durante o Congresso Mundial de Diabetes, realizado em Bangkok, o presidente da IDF, Peter Schwarz, anunciou o reconhecimento oficial da nova categoria e revelou a criação de um grupo técnico.
Esse grupo, que atuará pelos próximos dois anos, desenvolverá critérios diagnósticos e diretrizes terapêuticas específicas para o diabetes tipo 5.
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A equipe será co-liderada por Meredith Hawkins, professora de Medicina e fundadora do Instituto Global de Diabetes, nos Estados Unidos.
“O diabetes relacionado à desnutrição tem sido historicamente subdiagnosticado e mal compreendido”. afirmou a especialista.
A condição, embora antiga, havia sido negligenciada. A Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou a reconhecê-la em 1985, mas nunca a incluiu nos documentos oficiais de classificação. Apesar disso, o termo ainda consta na Classificação Internacional de Doenças (CID), separado dos tipos 1 e 2.
Estudos apontam que entre 20 e 25 milhões de pessoas em todo o mundo enfrentam essa condição, especialmente em países da Ásia e da África.
O quadro é grave: muitos pacientes não sobrevivem mais de um ano após o diagnóstico.
A professora Meredith relatou que os primeiros casos confundiam os médicos:
“Os pacientes eram jovens e magros… Mas a insulina não ajudou esses pacientes”, destacou.
A confusão ocorria porque os sintomas se aproximavam dos observados no diabetes tipo 1, mas os tratamentos convencionais não funcionavam.
As pesquisas recentes demonstraram que essas pessoas apresentam um déficit severo na secreção de insulina, o que exige um modelo terapêutico específico.
“Essa descoberta revolucionou a forma como pensamos sobre essa condição”, afirmou Hawkins.
Ela completa: “O diabetes relacionado à desnutrição é mais comum do que a tuberculose e quase tão comum quanto o HIV/AIDS, mas a falta de um nome oficial tem dificultado os esforços para diagnosticar os pacientes ou encontrar terapias eficazes”.
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