O pesquisador Anderson Vanzer, da Epagri – Estação Experimental de Caçador, fez um alerta sobre os perigos da “falsa couve”, após o caso que intoxicou uma família em Minas Gerais e levou à morte de uma mulher. A planta foi confundida com a couve tradicional e utilizada em uma refeição.
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Segundo Vanzer, a falsa couve é uma espécie invasora originária da América do Sul, conhecida cientificamente como Nicotiana glauca, da família das solanáceas, a mesma do tomate e da berinjela. “Ela pertence ao mesmo gênero do tabaco e contém substâncias tóxicas, como a anabacina, capaz de causar paralisia muscular, parada respiratória, coma e até morte”, explicou.
O pesquisador destacou que, quando jovem, a falsa couve é muito parecida com a couve verdadeira, o que facilita a confusão. “A diferença é que a falsa couve nasce de forma espontânea, sem cultivo. Já a verdadeira precisa ser plantada”, ressaltou.
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Entre as principais diferenças visuais, Vanzer aponta:
Cor da folha: a falsa couve tem um verde mais escuro;
Textura: a couve verdadeira é mais lisa e encerada, enquanto a falsa é aveludada;
Nervuras: mais salientes na couve tradicional;
Tamanho: a falsa couve pode atingir até 4 metros de altura, enquanto a verdadeira é herbácea e chega a cerca de 1 metro.
A couve verdadeira (Brassica oleracea) pertence à família das brássicas, da qual também fazem parte o repolho, o brócolis e a couve-flor. É amplamente consumida no Brasil e considerada nutritiva e rica em vitaminas e sais minerais.
Vanzer reforçou o alerta. “A lição maior é não consumir folhas ou frutos desconhecidos. Sempre opte por plantas cultivadas em hortas ou compradas em agropecuárias, com origem garantida”.