Santa Catarina apresenta a maior incidência de câncer de pele melanoma no Brasil, o tipo mais grave da doença.
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De janeiro a setembro de 2024, foram registrados 5.496 diagnósticos de câncer de pele não melanoma, incluindo os carcinomas basocelular, o mais frequente, e espinocelular.
Além disso, houve 535 casos de melanoma, que apresenta maior letalidade, principalmente em estágios avançados, quando pode ocorrer metástase. Os números constam no Painel de Oncologia do Datasus.
Hospitais catarinenses habilitados em oncologia realizaram, neste mesmo período, mais de 4,4 mil cirurgias para câncer de pele não melanoma e 570 para melanoma, conforme o portal de transparência do Cieges SC.
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A doença se desenvolve pelo crescimento descontrolado das células da pele, tornando o diagnóstico precoce essencial para aumentar as chances de cura.
“Quanto mais precocemente eu detectar o câncer de pele, mais simples será o tratamento e melhor será o prognóstico do paciente. Por isso, é fundamental realizar exame clínico dermatológico ao menos uma vez por ano. Em populações de maior risco, como pacientes com pele clara, olhos claros, que sofreram muitas queimaduras solares ou que têm várias pintas enegrecidas, muitas vezes recomendamos uma frequência semestral”, alerta o dermatologista do Hospital Santa Teresa (HST), Dr. Gustavo Moreira Amorim.
Ao perceber qualquer sinal suspeito na pele, a orientação é procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. Caso necessário, o paciente é encaminhado a hospitais de referência, como o HST, em São Pedro de Alcântara, que atende pacientes de todo o estado.
“O paciente é encaminhado pela UBS de seu bairro, após avaliação via Teledermatologia. Depois da primeira consulta, retornos são agendados conforme a necessidade”, explica Dr. Amorim.
Entre agosto e novembro de 2024, o HST realizou 254 biópsias de pele, com 181 casos confirmados de câncer. A unidade oferece tratamentos que vão de cirurgias simples a procedimentos complexos com enxerto ou retalho.
Prevenção
A prevenção do melanoma permanece como a principal aliada na redução dos casos. Entre as recomendações estão:
- Uso diário de protetor solar com FPS 30 ou superior;
- Reaplicação do protetor ao longo do dia;
- Uso de chapéus, óculos e roupas com proteção UV;
- Preferência por sombra entre 10h e 16h;
- Não realizar bronzeamento artificial, que aumenta em até 75% o risco de câncer de pele.
O tratamento depende do tipo e estágio da doença, sendo a cirurgia a abordagem mais comum. Em casos avançados, podem ser necessárias terapias como radioterapia ou quimioterapia.






